Santiago, além de ser uma cidade interessantíssima, oferece aos viajantes inúmeras atrações que podem ser desfrutadas sem gastar um pesinho sequer. Isso é especialmente atrativo para quem pretende investir nos passeios nos arredores da capital chilena e quer tentar equilibrar o orçamento.
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Mesmo quem viaja sem se preocupar tanto com o bolso deve incluir entre suas prioridades algumas das atividades listadas abaixo. Isso porque Santiago não tem exatamente pontos turísticos emblemáticos, como um grande monumento, bairro ou edifício que sintetize a cidade. O mais legal de uma viagem para cá é justamente perceber como as diferentes experiências santiaguinas formam essa harmoniosa e cativante metrópole.
Confira a seguir 10 experiências que vão te apresentar o melhor de Santiago sem absolutamente nenhum custo!
1. Apreciar a arquitetura da Plaza de Armas e arredores
O centro revela o contraste entre o passado e o presente: modernos edifícios envidraçados refletem a arquitetura histórica do coração da cidade. A movimentada Plaza de Armas, a principal praça e o marco zero de Santiago, é o ponto mais representativo desse contraste.
Repleta de árvores e esculturas, a praça está rodeada por construções históricas: a Catedral Metropolitana, o edifício dos Correios e o Palácio de la Real Audiencia, que hoje abriga o Museo Histórico Nacional.
Além da arquitetura, você também pode apreciar a dinâmica da praça: aposentados jogando xadrez, estudantes ainda de gravatinha depois da aula, trabalhadores em horário de folga e vendedores ambulantes.
2. Admirar Santiago de cima a partir dos cerros
Não dá pra ver Santiago só do chão! A cidade, emoldurada pela Cordilheira dos Andes, tem um desses horizontes que encantam, principalmente quando visto sob as cores do pôr do sol. E os melhores pontos de observação são dois atrativos naturais, cujo acesso é liberado.
O primeiro é o Cerro Santa Lucía, um morro com escadarias e encostas que levam a um antigo bastião espanhol. Entre torres e canhões, você tem a garantia de uma bela vista da região central.
O segundo é o Cerro San Cristóbal, que abriga o maior parque da cidade, o Parque Metropolitano. Mais alto em relação ao nível do mar, esse morro tem também uma vista mais abrangente, do centro até Providencia (este último, porém, você precisa pagar para subir em um teleférico ou em um funicular).
3. Identificar novos tipos de frutos do mar no Mercado Central
Os corredores do Mercado Central são um lugar de descoberta e degustação! Nas barraquinhas de peixes e frutos do mar, um dos principais produtos de exportação chilena, você vai encontrar tanto ingredientes já conhecidos e apreciados, como o salmão e o côngrio, quanto mariscos que são uma deliciosa novidade.
Não deixe de experimentar as machas, as almejas e os ostiones, tipos de moluscos próprios do oceano Pacífico. Os mais aventureiros podem experimentar também o piure, um organismo marinho que parece uma rocha, mas que tem em seu interior uma carne de tom vermelho alaranjado; o picoroco, um crustáceo que fica escondido dentro de uma rocha e eventualmente dá as caras; ou mesmo o loco, um molusco bem carnudo, com uma textura bem particular. E por fim, tem a centolla, um caranguejo patagônico gigante.
Para fazer deste passeio uma experiência gastronômica, você vai ter que desembolsar alguns pesos. Uma dica para economizar, se você estiver hospedado em hostel ou apartamento, é comprar na feira alguns desses frutos do mar e se aventurar na cozinha!
4. Conhecer o Palacio La Moneda
O Palácio La Moneda é a sede presidencial do Chile e símbolo da sua história política. Foi construído nos tempos coloniais com o objetivo de produzir as moedas que circulariam no país. Posteriormente convertido na sede do governo chileno e residência oficial de seus presidentes, foi também palco dos acontecimentos de 11 de setembro de 1973. Nesse dia histórico, tropas do exército e aviões da Força Armada bombardearam o edifício para depor o presidente Salvador Allende e instaurar um governo militar.
O turista tanto pode assistir à troca de guarda, que ocorre a cada dois dias, às 10h, quanto visitar o interior do palácio em tours organizados. No segundo caso, é necessário fazer uma reserva prévia nesse site.
5. Descobrir a arte chilena no Museo de Bellas Artes
Fundado em 1880, o Museo Nacional de Bellas Artes é uma das instituições artísticas mais antigas da América Latina e um importante centro de expressão cultural chilena. Situado em uma das extremidades do Parque Forestal, tem como sede um belíssimo edifício neoclássico, inspirado no Petit Palais em Paris.
O acervo é composto por mais de 3.000 obras de arte, principalmente escultura e pintura, desde o período colonial até os dias de hoje. Embora também tenha peças de artistas internacionais, seu foco são obras de artistas plásticos chilenos, contribuindo para os estudos e para a divulgação da produção artística chilena.
6. Ver exposições em centros culturais
Para complementar a experiência artística, não deixe de conhecer alguns dos principais centros culturais da capital chilena. Você pode conferir as exposições temporárias que são organizadas no GAM, o Centro Cultural Gabriela Mistral, pertinho do Cerro Santa Lucía, e no Centro Cultural La Moneda, no subsolo do palácio presidencial.
Não só essas mostras costumam ter ótimas temáticas e curadorias, mas também são a oportunidade para descobrir como os chilenos interagem com os espaços culturais da sua cidade. No GAM, por exemplo, é comum ver grupos de jovens reunidos, praticando coreografias, malabarismos ou performances teatrais.
Além disso, a arquitetura é um grande destaque desses edifícios contemporâneos.
7. Entender a ditadura chilena no Museu da Memória e dos Direitos Humanos
Inaugurado em 2010, o Museu da Memória e dos Direitos Humanos conta a história da ditadura militar chilena. Presidida pelo general Augusto Pinochet, a junta militar comandou o país entre 1973 e 1990, com a supressão de partidos políticos e a perseguição de dissidentes. O regime deixou mais de 3 mil mortos ou desaparecidos, torturou milhares de prisioneiros e forçou mais de 200 mil chilenos ao exílio.
Por meio de vídeos, fotos, painéis, documentos e obras de arte, o museu dá visibilidade às violações dos direitos humanos ocorridas nessa época e conta a história das vítimas e de suas famílias. Não é uma visita fácil, mas é extremamente importante para entender esse importante período político da história do país.
Quem gosta de arquitetura, também vai se interessar pelas modernas instalações do museu. A fachada é revestida inteiramente de cobre, metal símbolo da prosperidade e do desenvolvimento econômico do Chile; por trás desse símbolo, estão muros e paredes de cristal, representando a fragilidade das vítimas.
8. Relaxar em um dos muitos parques da cidade
Um dos principais programas dos santiaguinos é se encontrar nos parques públicos da cidade, muito bem cuidados, e aproveitar o tempo ao ar livre. Entre os mais populares, está o Parque Forestal, que se estende em plena região central margeando o rio Mapocho. O Parque Metropolitano, em Bellavista, é o maior de todos, situado sobre as encostas do Cerro San Cristóbal. O pequenino Parque de las Esculturas é um dos mais interessantes: belíssimas obras de diversos artistas chilenos estão dispostas nessa área verde do lado do rio e pertinho do Sky Costanera.
O Parque Bicentenário, em Vitacura, é o mais elegante de todos, com gramados perfeitamente aparados, muitas árvores, lagunas com cisnes, garças e flamingos, esculturas e parques infantis. Outro parque sofisticado é o Araucano, em Las Condes, com uma grande área verde, estrutura para recreação e esportes e um lindo jardim de rosas. Por fim, mas não menos importante, está o Quinta Normal, no bairro de Yungay.
9. Explorar as galerias e antiquários do Barrio Italia
O barrio Italia é um desses segredos ainda relativamente bem guardados de Santiago. Imagine uma vizinhança referência em design e moda com uma atmosfera residencial e clima convivial? Entre as ruas arborizadas, as calçadas largas e as construções antigas, vitrines de lojas vintage e cafés descolados atraem os moderninhos de Santiago.
O bairro já era conhecido pelas muitas oficinas de restauração de móveis, marcenarias e estofadores, mas foi a chegada de artistas e designers que fez a região entrar definitivamente para o mapa. Situada na Avenida Italia e suas transversais, a área é ideal para um passeio de fim de tarde: você pode garimpar peças em antiquários, procurar aquela peça de roupa diferentona num brechó e observar da varanda de um café charmoso o ir e ver dos transeuntes.
10. Descobrir o artesanato chileno na feira Los Dominicos
O Centro Artesanal Los Dominicos surgiu nos anos 80 como um local para artistas e artesãos exibirem e venderem sua arte. Aproveitando antigas construções de estábulos, o espaço hoje é uma feira artesanal com mais de 150 expositores. As típicas casas de adobe e as estruturas de madeira dão a impressão de estar em um simples povoado no interior, distante do caos urbano de Santiago.
Lá é possível encontrar peças trabalhadas em couro e em madeira, esculturas, pinturas, panelas de cobre, jóias de Lápis-Lazúli, ervas medicinais e plantas chilenas. Um ótimo passeio para descansar, comprar lembrancinhas e experimentar um pouco da comida típica chilena – vale experimentar as empanadas assadas em forno de barro ou o tradicional pastel de choclo (similar a um escondidinho de milho).
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