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Eu não vi a Aurora Boreal na Finlândia. E essa ainda foi uma das melhores viagens da minha vida!

Eu não vi a Aurora Boreal na Finlândia. E essa ainda foi uma das melhores viagens da minha vida!

Foi numa manhã de uma sexta-feira que eu peguei o avião de Helsínquia para Rovaniemi, cidadezinha que eu nunca tinha ouvido falar até enfiar na minha cabeça que eu queria porque queria ir até o norte da Finlândia para ver a Aurora Boreal. Eu me lembro de atravessar aquele céu do Círculo Polar Ártico pensando “É daqui de cima que vão aparecer aquelas luzes verdes pra mim numa dessas noites na Lapônia Finlandesa… Eu não acredito que estou a caminho de realizar esse sonho”.

Rovaniemi é a capital da Lapônia Finlandesa, próxima ao Círculo Polar Ártico, região de onde se pode ver a Aurora Boreal. Cheguei lá com minha amiga que topou encarar os 30 graus negativos daquele Inverno rigoroso de Janeiro e parecíamos duas crianças esperando pelo presente de Natal, tão ansiosas que estávamos. Mas foi curioso. Era a primeira vez que chegávamos a uma cidade europeia que não tinha Igrejas, uma praça principal, museus e um castelo a serem repetidamente visitados – depois de viajarmos por mais de 20 dias subindo desde a Áustria, passando pela Alemanha e pelos Países Bálticos, começamos a brincar que toda cidade europeia tinha o mesmo formato de visita.

Mas Rovaniemi não.  Fizemos check in na linda e fofa Guesthouse Borealis. Ao perguntar o que poderíamos fazer na cidade, não nos indicaram nenhuma Igreja centenária. Não havia uma praça onde tudo acontecia. Não sugeriram nenhum museu, fosse contando uma história de guerra, fosse com qualquer exposição de artes. Não tinha nem castelo!

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Foi estranho. Saímos, então, para conhecer o centrinho. Paramos na agência Arctic Lifestyle, que ficava bem ali na rua principal, para fechar nosso esperado passeio de Caça à Aurora Boreal! Nos indicaram que naquela noite estaria muito nublado, com nuvens, e que o ideal seria ir à caça na noite seguinte.

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Nessa hora me senti aliviada – a princípio íamos passar apenas duas noites em Rovaniemi, mas depois de tanto ler que a tal da Aurora Boreal era imprevisível e que poderia não dar as caras com tanta facilidade, prolongamos nossa estadia e decidimos ficar uma noite a mais na cara e longínqua Lapônia Finlandesa. Seriam três noites no total. Três chances de ver a Aurora. Ela não ia nos escapar.

Naquela noite não fizemos nada, e sem culpa. Passamos no mercado, compramos comidinhas para cozinhar em nosso hotel (já comentei que a Finlândia é caríssima, né!). Fomos para a cozinha, ligamos o som, começamos a preparar nosso jantar, abrimos nosso vinho. Brindamos, tiramos foto, demos um gole. “Peraí, esse vinho está meio doce…”. Conferimos o rótulo. Em meio àquele idioma indecifrável, deciframos que tínhamos comprado um vinho sem álcool. Olhamos pela janela, muuuuuita neve, muuuuuito frio. Não ia rolar sair pra comprar o vinho certo. Ok, saldo da primeira noite: não tem Aurora e não tem vinho. Nos contentamos com nosso jantar sóbrio e dormimos cedo. No dia seguinte a programação era conhecer o Papai Noel!

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Sim, se você não sabia, a Finlândia é a terra natal do Papai Noel! E é justamente em Rovaniemi que fica a Vila de Papai Noel, um lugar mágico e com entrada gratuita, de fazer qualquer adulto virar criança de novo – em especial quando toda coberta de neve! Parecia um cenário de filme. Ficamos umas boas horas lá.

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E aproveitamos também que logo ali ao lado fica um parque de huskies, aqueles cachorros lindos com cara de lobo, mas super fofos e amigáveis! E fiz um passeio de trenó com a BearHill Husky que me deixou encantada. A sensação que eu tinha é de que ia levantar dali, e me ver saindo da tela de um cinema. Ce-na-de-fil-me! Rovaniemi não tinha museus. Tinha vida ao ar livre! Tinha as experiências que eu jamais imaginei viver!

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De lá, fomos jantar antes de sair para caçar auroras boreais (Jura que eu estou escrevendo isso¿ Jura que isso era verdade¿). E nosso restaurante, o Restaurante Nili, o mais famoso de Rovaniemi, era o único na cidade que servia carne de rena. É claro que não perdi a oportunidade. Provei da bichinha. E me surpreendeu como ela era macia! É sério que tudo isso é a Lapônia Finlandesa¿

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Terminado o jantar, atravessamos a rua e já estávamos na agência Arctic Lifestyle para nosso passeio mais esperado da viagem. Chegamos e fomos encaminhadas ao subsolo onde deveríamos trocar nossas roupas amadoras por trajes próprios para a aventura (meu casaco mais pesado de Inverno, com minha roupa térmica, mais minhas blusas e meias de lã, mais meu sapato forrado com pelinho por dentro não eram suficientes para o frio que pegaríamos). Deu medinho. Principalmente ao me olhar no espelho e me deparar com o look medonho que eu estava usando. Mas beleza!

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Subimos em nosso snowmobile para seguir rumo ao nada. Opa, pausa aqui. Não sabe o que é um snowmobile¿ É tipo um jet ski para a neve! Nossa aventura não poderia ser mais emocionante e radical. Confere de novo:

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Éramos apenas quatro clientes acompanhados do Youssef, nosso instrutor. Antes de começarmos, ele nos deu as dicas de como se comunicar apenas mexendo os braços, caso precisássemos de alguma coisa. Dada a largada, fomos rumo ao nada. Três jet skis da neve vigiados apenas pelas estrelas de um céu tão limpo que era difícil de acreditar.

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E já na ida, meu snowmobile estava correndo a toda quando deslizamos e tombamos com tudo pro lado. Mas tinha TANTA, mas TANTA neve, que era impossível se machucar. Nós mergulhamos com tudo numa areia movediça branca e fofa. E gargalhávamos tanto que não conseguíamos levantar! A cada vez que tentávamos nos apoiar para ficar de pé, afundávamos até ter neve na cintura. Levávamos o outro pé, e afundávamos mais ainda. E dá-lhe gargalhada. Eu nunca tinha mergulhado em tanta neve assim na minha vida!

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Salvas pelo nosso instrutor, seguimos viagem. Quando chegamos a um lugar que já deve ter inspirado muito romance nessa vida de tão lindo que era, desligamos os motores. O Youssef nos contou que ali era seu local preferido para ver a Aurora. Ficamos em silêncio naquele esconderijo, deitadas (aliás, afundadas) na neve e olhando sem nem piscar para o céu. Nenhum barulho em volta. Fazia um frio que eu nunca havia sentido antes (eu não tinha forças nem paara tirar muitas fotos). Eu me lembro que tinha um pedaciiiinho da minha nuca que estava descoberto e por onde tinha entrado um pouco daquela neve gelada. Mas eu não queria nem me mexer com medo de perder as luzes verdes que poderiam aparecer a qualquer momento.

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Muitos minutos se passaram e nada. Então o instrutor nos chamou para ir a um lugar mais aquecido, e que também iríamos adorar. Religamos os motores do nosso snowmobile e fomos em frente. Chegando lá, no topo de uma montanha com vista para Rovaniemi, havia uma cabaninha de madeira. Cumprimentamos dois rapazes que já estavam lá esperando o fenômeno da noite. Nos aconchegamos perto da lareira. O Youssef começou a preparar salsichões. Nos serviu chocolate quente e biscoitinhos típicos da Finlândia. E ali ficamos tentando nos proteger do frio e vigiando cada pontinho do céu atrás de qualquer cor diferente.

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Eu me tremia inteira. Podia ser de ansiedade, mas era de frio mesmo. De dia estava marcando 22 graus negativos, mas com sensação térmica de -29! Ali, à noite, no topo da montanha, em meio ao nada… Eu não consigo imaginar a quantos graus chegamos. Meu corpo por um lado estava reclamando e implorando por um quartinho com aquecedor e coberta, por outro estava em uma luta incessante contra minha mente, que se esforçava e se concentrava repetindo para si mesma “Não está tão frio assim. Não está tão frio assim”.

As horas passaram. O céu não tinha uma nuvem, limpo, limpo, limpo. O corpo começou a pedir arrego. Nosso tempo de passeio acabou. Nossa segunda noite em Rovaniemi também. Só restava mais uma por ali.

Aquele passeio que tínhamos acabado de fazer, com ou sem Aurora Boreal, é uma oportunidade única na vida! Eu voltaria a Rovaniemi só pra andar de snowmobile naquelas florestas nevadas de novo. Mas não vou negar a minha decepção. Não com a agência ou com o instrutor, que é mais do que claro que não têm culpa de nada, coitados. Mas com a natureza. Será que o céu, os raios e trovões, São Pedro, o Santo das Luzinhas Verdes, seja lá quem fosse… Será que eles tinham alguma noção de que saí do Brasil, cheguei ao Norte da Finlândia atrás da bendita da Aurora Boreal, e estava prestes a voltar cá pro outro lado da América Latina sem viver isso¿ Eles tinham alguma ideia da distância e do custo que era estar ali¿

Tomamos umas cervejas para afogar as mágoas. E no bate papo, minha indignação foi passando ao conversar com as pessoas que são dali. Eles me contaram de quantos viajantes já passaram pelo mesmo. Foram até lá, o tempo estava lindão, céu limpinho, e nada. E quantos tantos outros conseguiram se maravilhar com o espetáculo de luzes no céu!

E eu comecei a entender por que a Aurora Boreal é tão especial. Ela não tem hora marcada. Não tem como prever com exatidão onde e a que horas ela vai aparecer. Ela é um fenômeno natural que, quando vem, é um presente, é um plus na sua noite, é aquele prêmio de viagem que você não estava esperando. Visitar Rovaniemi é como visitar, sei lá, Las Vegas. Ir a um cassino por lá é programa obrigatório. Colocar umas moedas para fazer uma aposta numa daquelas maquininhas faz parte dessa viagem. E se você ganhar uma bolada naquela noite, uau!, Las Vegas acaba de ganhar o status de melhor viagem da vida!

Assim é com a Aurora. Você faz a sua aposta. Mas não pode ir contando com a bolada que vai levar de recordação. O melhor da viagem pode estar em muitos outros aspectos que você nem imaginaria.

Como o que eu vivenciei no dia seguinte em Rovaniemi. Não sei se você já ouviu falar da tal da Sauna Finlandesa. Mas ela é um programa obrigatório na Finlândia. Se com a Aurora não dá pra agendar horário, com a sauna dá, então aproveite! Sabendo desse costume local, eu pesquisei uma empresa para ter a experiência mais autêntica possível. Me indicaram a Santa´s Adventures. Fechei com o Jarkko, dono da empresa, e ele nos buscou no nosso hotel na nossa penúltima manhã por ali. Nosso destino era uma propriedade que ele tem, a cerca de meia hora do centro de Rovaniemi, sem luz elétrica e em meio a uma floresta braquiiiiinha de tanta neve.

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Ali ficam três casinhas de madeira. Uma que é a casa normal, com quarto, sala e cozinha. Outra com dois banheiros. E a terceira onde fica a sauna. Começamos pela primeira, onde, enquanto o Jarkko dava um gás na lareira para aquecer o ambiente, eu e minha amiga tremíamos por dentro ao vigiar o termômetro ao lado de fora da casa que marcava apavorantes 31 graus negativos.

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Ainda usando nossos trajes próprios para aquela friaca (um macacão medonho e que não estava sendo suficiente), o Jarkko nos levou para conhecer a propriedade.

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Mais à frente, próxima à sauna, ficava uma cabana com uma churrasqueira.

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E seguindo em frente, um enoooorme lago com-ple-ta-men-te congelado. No meio dele, uma estrutura preparada pelo Jarkko que era tipo uma piscininha natural. Quebramos o gelo que tinha em sua superfície para que mais tarde fosse possível mergulhar nela.

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E aprendi o que era a Sauna Finlandesa de verdade. Primeiro você se aquece numa sauna seca a cerca de 60 graus célsius, depois deixa seu corpo se adaptar um pouco à temperatura externa por poucos minutos, e só então entra no lago congelado. E se você quiser fazer tudo como manda o ritual, deve estar nu. Sim, pelado. É muito estranho pra gente, mas esse é o costume deles. Famílias se reúnem diariamente (ou às vezes uma vez por semana) para fazer sauna, todos nus. E isso é absolutamente normal.

Pra eles. Como para mim não era, usei meu biquininho mesmo (que àquela altura já era uma agressão à minha moral e bons costumes dado o Inverno matador finlandês). E me mandei pra sauna. Estava tão quente, mas tão quente, que precisei ir tirando anéis, brincos, cordões, porque qualquer coisa que encostasse na pele queimava. A dica era: quando começar a sentir a pontinha da sua orelha queimar, é porque você já está pronto para o mergulho no lago.

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A verdade é que se eu fosse esperar me sentir pronta, eu não iria nunca! Quando meu corpo já estava fervendo e ficar dentro da sauna estava se tornando insuportável, dei o Ok para o Jarkko, que nos esperava do lado de fora, e fomos andando em direção ao lago.

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No início eu tinha a sensação de estar caminhando para minha sentença de morte, tipo uma cena de Jogos Vorazes. O cenário completamente branco em volta, silencioso, o frio começando a bater, eu enrolada apenas em uma toalha, um lago congelado na minha frente me esperando. “Perdi o juízo de vez”.

Acho que meus batimentos pararam por uns minutinhos quando larguei a toalha e me preparei para descer as escadas. Mergulhei a pontinha do primeiro pé e parecia que estavam entrando milhões de facas ao mesmo tempo no meu dedão. Não parei. Mergulhei até o tornozelo e me preparei para levar o outro pé. E assim foi. Cada degrau para baixo era a comprovação da minha insanidade absoluta. Quando chegou a vez de molhar a cintura eu achei que iria travar.

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Mas a verdade é que a temperatura do lado de fora está tão pior que dentro da água (-31º contra zero grau), que você vai indo, indo, indo, e quando vê mergulhou até o pescoço (reparem que nas fotos acima eu começo com uma cara de pavor e termino sorrindo, rs). E é nessa hora que bate a sensação boa. Seu corpo mal se mexe, está todo duro, mas o choque térmico é inesperadamente agradável. Foram dez segundos prazerosos. Quando eu entrei na água, o sol estava começando a se pôr e o céu estava ficando alaranjado. Eu olhava em volta e, dessa vez, tinha certeza que minha vida tinha virado um filme – e não era de terror! Aquele cenário era impecável demais para existir. Quando voltei para a sauna, estava anoitecendo. Um céu azul escuro cheio de estrelas cobria aquelas três casinhas de madeira em meio a uma floresta tomada pela neve.

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O passeio não acabou aí. Depois da sauna, vestimos novamente nossas roupas e o Jarkko havia preparado um jantar em sua churrasqueira ao ar livre (aquela na cabaninha próxima ao lago). Tínhamos um salmão fresquíssimo e delicioso, com batatas assadas, pães, um molho preparado pelo próprio Jarkko, chocolate quente, biscoitinhos. Foi impecável. À noite, quando retornamos ao nosso hotel, eu estava em êxtase. Era nosso último dia em Rovaniemi e eu já pensava que não poderia terminar melhor.

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Mas terminaria. Recebi um convite do hotel Chalet Paamaja para conhecer sua sauna e sua jacuzzi a céu aberto. Com o plus de que esse hotel ficava isolado da cidade e que, se naquela noite houvesse Aurora, eu teria chance de vê-la de lá, mergulhada na jacuzzi aquecida em meio à neve. Dessa vez eu ignorei as expectativas com relação à aurora. Passamos no mercado e compramos o vinho certo – com álcool!!! Compramos também cerveja. Fomos para o hotel à noite vestida de uma maneira que eu nunca imaginei na minha vida: biquíni e, por cima, calça comprida, casacão de neve, cachecol e bota, hahaha.

Fizemos uma sauna seca novamente, pela segunda vez no dia. Mas lá, ao invés do lago congelado, íamos para uma jacuzzi em meio à neve. Depois íamos mais uma vez para a sauna. Na volta, ao invés da jacuzzi, rolávamos igual criança na neve (de biquíni!!!), e só então mergulhávamos na jacuzzi. E depois mais sauna. E mais vinho. E mais neve. E mais jacuzzi.

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A aurora¿ Não veio nessa noite. Mas eu estava me divertindo demais para me entristecer com isso. Terminamos nossa noite da forma mais inusitada e prazerosa possível em Rovaniemi. A Lapônia Finlandesa entrou para o meu destino dos sonhos, uma das melhores viagens que já fiz na minha vida! E um dia eu sei que eu vou voltar lá. Se a Aurora me escapar novamente, eu não me preocupo, hoje eu sei muito bem o que me espera nessa tal de Lapônia.

Você não viaja para Las Vegas apenas para ficar rico no cassino, mas para se divertir. Nem para a Finlândia apenas para ver Aurora, mas para ter uma das experiências mais incríveis da vida. Rovaniemi, essa cidade da qual eu nunca havia ouvido falar, foi i-nes-que-cí-vel e roubou um espaço tipo sala vip cinco estrelas no meu coração.

Não tem preço se surpreender dessa maneira com um destino. E nos próximos posts eu vou contar em detalhes como planejar sua viagem para o norte da Finlândia e quanto custa realizar esse sonho.

Aurora, me espera que um dia eu volto! E se você se calar, eu volto mais uma vez. E nesse pique-esconde você vai me ensinando a respeitar o seu tempo e a desvendar o que mais você oculta nesses confins do mundo onde o céu brinca de se pintar de cores mil.


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E leia mais sobre minhas outras viagens pela Europa:

Eurotrip: meu roteiro Áustria x Alemanha x Polônia x Países Bálticos x Finlândia x Rússia

O que fazer em Zagreb: meus 3 cantinhos preferidos no entorno da capital da Croácia

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33 respostas

  1. Carlinha, que incrível!
    Eu me senti viajando e me deslumbrando com você. Já tive experiências com emoções parecidas e estão marcadas pra sempre. <3
    Fico feliz de te ver tão realizada.
    Beijos!

    1. Rafa, amo quando você vem aqui fazer uma visitinha.
      Que bom que consgeui passar essa emoção através de palavras. Não é tão fácil, mas quando a gente escreve com o coração, é mais fácil transmitir um sentimento para as pessoas.
      Amei te ver semana passada! Beijão

  2. Xará, que relato emocionante.
    Eu me arrepiei, sorri e viajei junto contigo.
    Adorei o texto!
    Um dia a Aurora aparece pra você, é sempre bom deixar um motivo pra voltar.
    Essas experiências ficarão guardadas pra sempre.
    Agora… foi inevitável pensar: o que disse sua mãe de tudo isso? hahahaha

    Beijos,
    Karla

    1. Eiii xará!
      Obrigada <3 Os comentários de vcs me enchem de alegria!
      Um dia a Aurora vai vir pra mim. Aliás, um dia eu volto atrás dela, hehe Estou cheia de motivos agora!
      Vixi, minha mãe nessas horas pensa que sou maluca! Hahaha.. Tadinha! Mas no fim ela se diverte comigo.
      Obrigada pela visita! Adorei. Beijão!

  3. Amei o texto! Meu sonho é ver a Aurora Boreal, mas confesso que seus três dias foram demais de incríveis e a falta da Aurora foi super compensada.
    Que coragem de enfrentar a sauna. Será que eu conseguiria?
    Beijo grande

    1. Eu continuo com esse sonho, Pam! Vou ser obrigada a voltar à Finlândia.. rsrsrs
      Conseguiria sim. Quando você já está lá, de biquíni, num cenário lindo.. Não tem como dar pra trás!!!! É uma experiência que todo mundo precisa ter lá..

  4. Eu me senti nessa viagem com você a cada palavra do texto… Que viagem incrível!! Dá vontade de largar tudo e ir pra lá! Mas não é só isso, não. Sua forma de escrever fez toda a diferença. Você tá mais do que incrível! Parabéns, amilga!

    1. Ei Gabi!!!
      Poxa, obrigada.
      De vez em quando gosto de fazer uns posts mais contando da história da viagem, e não só dando as dicas do que fazer 😛
      Me encantei com os Bálticos, e agora quero voltar lá no verão!

    1. Poxa, q peninha! Essa semana tive uns probleminhas com o blog e ele ficou lento, mas agora consegui q ele voltasse ao normal.
      Anyway, obrigadaaa!!! Adoro esse texto <3 Vale muito ir conhecer o Norte da Finlândia!

  5. Posso dizer uma coisa???? Estou morrendo de inveja de você! Depois dessa experiência fantástica da sauna finlandesa, até que valeu a pena o passeio, mesmo que não tenha visto a aurora, né?
    Ri muito com você descrevendo cada cena, que até me senti em um filme 😉
    Demais mesmo!!! Lapônia estava nos planos da viagem de dezembro passado, quando fomos para os bálticos, mas não achei uma maneira não cara de chegar até lá e acabei deixando para a próxima.

    1. Valeu DEMAIS, Gabi! E não tem preço se surpreender dessa forma com um destino.
      Aliás, tem sim. Como você disse, a Finlândia é carinha. Mas ó, vou te dizer, vale cada centavo se delsocar para ir até lá! Mesmo sem Aurora, hein! Imagina se eu tivesse visto a Aurora! E o meu roteiro foi justamente Finlândia após conhecer os países bálticos.
      Mas parecia cena de filme mesmo, kkkkk Até hoje eu releio esse post e parece que entro nessa cena novamente!

    1. Oie, Fernando! Com passagem aérea saindo de Helsínquia essa viagem ficaria em no máximo 1000 euros, considerando todos os passeios, restaurante, pousada, aéreo, gastos gerais por lá. Vou preparar um post com os gastos detalhados.
      Vou dar uma olhadinha no seu post do Alaska! É um sonho também!!!!

  6. Adorei o relato da sua viagem. Em fevereiro/2017 irei com duas amigas, viagem comprada já…para Helsinki que já conheço e Rovaniemi. Claro que pretendemos ver a aurora boreal, mas agora sinto que se não a virmos não será decepcionante. Espero ter coragem de fazer a sauna, mas acho difícil…sou medrosa…Amei. Beijos

    1. Ei, Nadia!
      Tenho certeza que a viagem de vocês será incrível, com ou sem aurora.
      Mas estou na torcida para que a aurora apareça para vocês! Boa sorte!!!!
      E coragem com a sauna.. Parece loucura, mas vale MUITO a pena. Depois me conta se conseguiu fazer!
      Beijosssss

  7. Olá Carol …Ótimo post

    Iremos para Finlândia agora em meados de novembro ficando até o início de dezembro. Aproveitaremos para conhecer Estocolmo- Suécia (via cruzeiro da Viking Line) , São Petersburgo ( Rússia) e Tallinn ( Estônia).

    Com certeza, Rovaniemi está nos nossos planos e a empolgação toma conta, desde a viagem de trem (Helsinki-Rovaniemi- Helsinki) até os possíveis passeios.Diferentemente da acomodação reservada, os preços desses passeios são bem salgados né ? Já pesquisamos em algumas agências… Rsrsrsrs

    Esse será nosso último roteiro justamente devido aos valores, pois faremos o que der …..
    Sendo assim, se tivesse que escolher um ou dois, qual deles você mais recomendaria ?

    1. Eii, Cassio!
      Vai ser uma viagem IRADA!
      Masss… sim, tudo por lá é bem caro mesmo.
      Se eu tivesse que escolher, faria com certeza a sauna finlandesa (experiência surreal!) e o passeio de snowmobile noturno para caçar a aurora boreal.
      Ah, e a Vila do Papai Noel, que é de graça hehehe E dá para ir de bus pra lá!

  8. Estou indo pra Rovaniemi em dezembro, mais precisamente no natal. Passarei três noites. Seu relato me deu um grande ânimo em caso de eu não ver a Aurora. Mostrou que a cidade é mais do que isso. Muito obrigado! Comprei uns pacotes semelhantes aos que vc postou. Seu relato foi a base da minha viagem. Ficou uma dúvida: vc foi em qual mês? março?

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