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Roteiro na Eslovênia: Maribor x Bled x Bovec x Postojna x Liubliana

Taí um país que não dá para entender por que não é exploradíssimo pelos brasileiros. Além de lindo – lindo não, maravilhoso, espetacular, deslumbrante! – e com belezas naturais incríveis (caraca, quanto adjetivo), ele está localizado ao lado da Itália, colado na Croácia, embaixo da Áustria. Nem longe a Eslovênia é! E nem grande: em uma semana você pode conhecer quase tudo o que o país tem de mais bonito. Acredite ou não, esse país, de leste a oeste, pode ser percorrido em apenas 250km. Ele tem apenas 20 mil quilômetros quadrados – menos da metade do tamanho do estado do Rio de Janeiro!!!

A história do país é bem recente. A Eslovênia tornou-se independente em 1991, época em que a então Iugoslávia se dissolveu. E eu já vim morar na Croácia (outro país que era parte da ex Iugoslávia) com planos traçados de conhecer a Eslovênia a fundo. Tinha visto fotos que me deixaram boquiaberta. E quando joguei no Google Maps e me dei conta que de Zagreb até qualquer ponto da Eslovênia eu não levaria mais que duas horas de carro (ou três de ônibus), bati o martelo.

Primeiro eu visitei Liubliana, a capital da Eslovênia, num bate-volta a partir de Zagreb. Depois voltei com calma para um roteiro de cinco dias pelo país. Hoje vou contar resumidamente como foi meu roteiro, como me locomovi, onde fiquei, o que fiz – e depois farei outros posts, cidade a cidade, com mais detalhes do meu itinerário. Ah, e aqui no final vou dar algumas dicas gerais da Eslovênia e de como melhorar o roteiro que fiz para mim.

Dia 1

Fui de ônibus de Zagreb para Maribor. Comprei minha passagem com a empresa Croatia bus, que custou 120 kunas (mais 8 kunas que a empresa obriga a pagar para despachar a mochila). Saí de Zagreb às 6h30 e cheguei a Maribor por volta de 9h30.

Como era muito cedo para fazer check in no hotel, fui dar uma volta pelo centrinho da cidade, que tem uma parte fechada apenas para pedestres, com vários bares, cafés, lojinhas. Tomei um café no Huda Kava e de lá fui andando até a Old Vine House (ou Stara Trta), um pequeno museu onde fica a videira mais antiga do mundo a ainda produzir vinhos – é sério, está no Guinnes! A visita é gratuita.

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Em frente à Old Vine House passa o Rio Drava, e o cenário é digno de muitas fotos, principalmente se estiver um bonito dia de sol.

E já que Maribor é conhecida por seus bons vinhos, minhas próxima parada (depois de ter feito check in no meu hotel) foi Vinag, uma das maiores e mais antigas adegas da Europa. Construída em 1847, tem 20 mil metros quadrados em túneis no subsolo de uma casa no centrinho da cidade. Há tours diariamente às 11h e às 14h, e de sexta a domingo também às 16h. O tour dura cerca de 1h30 e custa 3,50 euros (somente tour) ou 5 euros (tour + degustação de vinhos ao final). Recomendo demais esse passeio.

Outros pontos a serem vistas no centrinho da cidade: a Catedral de Maribor, o Castelo de Maribor, as ruas fechadas para pedestres no entorno da praça Glavni Trg, o Mestni Park.

O melhor restaurante da cidade é o Mak. Fiquei hospedada no Hotel City Maribor. Localização excelente, serviço impecável, quarto muito espaçoso.

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Leia em mais detalhes: Dicas do que fazer em Maribor –  a segunda maior cidade da Eslovênia

 

Dia 2

Acordei muito cedo para pegar um ônibus de Maribor para Bled. Na verdade não foi um ônibus direto. Primeiro fui para Liubliana (passagem: 11,40 euros com a Alpetour) e depois de lá para Bled (passagem: 6,30 euros com a Murska Sobota). Cheguei bem cedo a Bled e fiz check in no meu hotel. Fiquei no Vila Bled, um hotel muito bonito e à beira do lago Bled. Meu quarto era espaçoso e tinha uma varanda com vista não somente para o lago, como para as montanhas e o Castelo de Bled. Bled é maravilhosa!

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Saí para dar uma volta. O entorno do lago tem 6km de extensão, tranquilos de se fazer andando devagar e tirando fotos pelo caminho. Também subi a pequena trilha até o Castelo de Bled (15 minutos andando, ou 15 euros de taxi).

Na descida, almocei no Goldina Murka, que serve comidas típicas do país. Muito bom, indico provarem as sopas, que têm um ótimo custo benefício.

Ao final do dia, fiz o passeio de barco no Lago de Bled que leva até a pequena ilha, que tem uma Igreja e cuja entrada custa 6 euros e dá direito ao acesso à torre de onde se tem uma vista melhor da cidade. O trajeto de ida e volta em um barquinho coletivo custa 12 euros – também é possível alugar um barco por uma hora por 10 euros.

Leia em mais detalhes: Bled, a cidade mais romântica da Eslovênia e entre as mais da Europa

 

Dia 3

Passei o dia em Bled antes de viajar para Bovec. De manhã fui à cidade Radovljica de ônibus (1,30 euros cada trajeto). Bonitinha, bem pequena, mas não vá com muitas expectativas. Conheça o Lectar Museum, onde você pode aprender a fazer um ginger bread e ainda colocar o seu nome (12 euros o tour por pessoa, reservar antes).

Na volta, almocei no restaurante Mlino Penzion, muito bem recomendado. Dei uma última volta no lago e à noite fui para Bovec: primeiro peguei um trem para Most na Soci (4,28 euros com a Slovenske zeleznice, uns 50 minutos de viagem) e depois um ônibus de lá para Bovec (5,60 euros, cerca de uma hora de viagem). Em Bovec me hospedei no hotel Sanje Ob Soca. Hotel novo, muito bem localizado, atendimento bom.

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Dia 4

Bovec é uma boa base para quem quer explorar o Triglav National Park, o maior do país, e conhecer o Rio Soca. Acordei cedo para aproveitar o máximo da cidade. Primeiro dei uma volta no centrinho de Bovec e depois fui conhecer o Soca River, mais conhecido como Emerald River por sua cor verde esmeralda. Também fui a Boka Waterfalls (mas por ser inverno, quase não tinha água), ao forte Kluze e a Virje Waterfalls.

Parte desse tour fiz com a recepcionista do meu hotel e outra a pé. Bovec é uma cidade em que não dá para fazer tudo andando, porque as distâncias são grandes e há muitas subidas. E na baixa temporada não há transporte público levando aos pontos turísticos. Portanto, se você estiver planejando ir para lá entre outubro e abril, agende seu tour antes.

Na volta almocei no Gostilna Martinov Hram, de comida tradicional eslovena. À noite fui para Postojna: de Bovec peguei um ônibus para Nova Gorica (7,50 euros, umas 2 horas de viagem) e de lá para Postojna (6,70 euros com a mesma empresa, cerca de 1h30 de viagem). Em Postojna me hospedei no Smrekarjeva Domačija. Excelente hospedagem, novíssima, fora do roteiro turístico, com pegada natural e ecológica, mas somente interessante para quem está de carro.

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Leia em mais detalhes: Bovec, a cidade dos esportes na Eslovênia e point desse rio cor de esmeralda

 

Dia 5

Em Postojna meus objetivos eram visitar a Postojna Cave e o Predjama Castle. Fiz um tour privado na Postojna Cave e indico muitíssimo. É a maior caverna do mundo que pode ser visitada. De lá, fui para Predjama Castle. Em baixa temporada não há transporte público fazendo esse caminho, então é melhor consultar um táxi para fazer o trajeto de 9 km. Calculo que não saia por menos de 10 euros. Predjama é um castelo encrustado nas pedras e lindo de se ver. Seu interior não permanece mais taaanto como o original, mas a visita vale a pena para saber a história daquele castelo.

À noite voltei para Zagreb: ônibus de Postojna para Liubliana (6 euros com a Arriva Company, cerca de 1h de viagem) e de lá para Zagreb (12 euros com a Panturist, cerca de 2 horas de viagem).

Dessa vez não fiquei em Liubliana, mas estive lá em outras oportunidades. Ainda vou escrever sobre a capital do país aqui no blog, um destino obrigatório em seu roteiro pela Eslovênia.

 

Leia em mais detalhes: Postojna, na Eslovênia: a cidade onde as cavernas são a grande atração

 

DICAS EXTRAS

– Eu fiz esse roteiro em 5 dias e 4 noites. Mas, se pudesse, ele ficaria assim: 1 noite em Maribor x 2 noites em Bled x 2 noites em Bovec x 1 noite em Postojna x 1 noite em Liubliana

– Explico: a partir de Bled há muitos bate-voltas interessantes para se fazer; no entorno de Bovec há muito a se explorar no Triglav National Park (se você curte muito natureza e aventura e for viajar durante estações mais quentes, coloque 3 dias para Bovec)

– Como o país é pequeno, também é possível fazer base em Liubliana e, de lá, fazer os bate-voltas para as outras cidades. Mas eu, particularmente, prefiro me hospedar nos locais para conhecer de verdade a cidade, e não apenas ir direto a um ponto turístico e voltar

– Imagino que o país seja totalmente diferente no Verão. Tive muita sorte em pegar dias de sol em Dezembro, quase Inverno, e por isso paisagens lindíssimas. Mas infelizmente, por ser baixa temporada, muitos locais turísticos estavam fechados e foi difícil conseguir organizar alguns passeios, em especial porque eu estava viajando sozinha e não havia mais turistas para formar um grupo (houve cidades, como Bovec, em que realmente acho que eu era a única turista)

– A Eslovênia é um país incrível para quem busca natureza, esportes de aventura, trilhas, esportes aquáticos. Mas também é um destino excelente para quem busca romance (Bled, para mim, é uma cidade para os apaixonados)

– A Eslovênia é um país absolutamente seguro. Andei por ruas completamente escuras à noite, no meio do mato, sem mais ninguém em volta. Lembrem-se: eu estava viajando sozinha. Me bateu medinho porque sou brasileira. Mas com todos os moradores que eu comentava que tive medo, eles riam e falavam para eu não me preocupar “Se você atravessar para a Itália, guarde sua câmera, esconda sua carteira, não dê papo a qualquer um. Mas se ficar só do lado de cá da fronteira, relaxe. Você está em casa”

– Como deve ter dado para perceber, a Eslovênia não é um país fácil de ser percorrido utilizando transporte público, em especial na baixa temporada, quando os horários de ônibus são reduzidos

– Além disso, as passagens internas são relativamente caras se pensamos no tamanho do país ou na distância percorrida. A melhor forma de conhecer o país é, sem dúvidas, de carro

 

Se curtiu esse roteiro pela Europa, você também poderá gostar desse:

Eurotrip: meu roteiro Zagreb x Budapeste x Bratislava x Viena x Praga

Obs.: Tenham em mente que meus relatos aqui são condizentes com o mês de Dezembro, baixa temporada no país.

Obs 2.: Viajei para a Eslovênia com apoio do Slovenian Tourism Board, o departamento de turismo do país, que me apoiou com acomodação nas quatro cidades que visitei.

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