É bem difícil encontrar algum cantinho na Eslovênia que não seja, no mínimo, encantador. Com Maribor, apesar de ser a segunda maior cidade da Eslovênia, estando atrás apenas da capital, Liubliana, não foi diferente. E o bom é que fui para lá sem muitas expectativas, pois estava mais focada nos meus destinos que viriam depois (Bled, Bovec e Postojna). E como é bom quando viajamos assim, sem esperar muito, e acabamos nos surpreendendo.
A Eslovênia é um país pequeno, mas detentora de muitos títulos do Guinnes – e um deles está na cidade de Maribor! Aliás, Maribor foi declarada em 2012 uma das capitais culturais da Europa. Vejam abaixo dicas do que fazer, onde ficar, o que comer e beber e quanto custa viajar para lá.
O QUE FAZER EM MARIBOR
Como moro próximo a Zagreb, peguei um ônibus de lá para Maribor. Comprei minha passagem com a empresa Croatia bus, que custou 120 kunas (mais 8 kunas que a empresa obriga a pagar para despachar a mochila). Saí de Zagreb às 6h30 e cheguei a Maribor por volta de 9h30 (confirmar esses preços e horários).
Como era muito cedo para fazer check in no hotel, fui dar uma volta pelo centrinho da cidade. Muito fofo e fechado para pedestres, com vários bares, cafés, lojinhas. Tomei um café no Huda Kava, que fica na rua mais animadinha de bares à noite.
E de lá fui andando até a Old Vine House (ou Stara Trta), um pequeno museu onde fica a videira mais antiga do mundo a ainda produzir vinhos – é sério, está no Guinnes! Ela tem mais de 400 anos e está lá, de pé. A visita é gratuita e é interessante para ver um pouco mais como é a relação de Maribor com o consumo de vinhos – eles têm concursos anuais da Princesa do Vinho, por exemplo. Vá lá nem que seja para tirar uma foto da videira, protegida por um cercado na frente do museu, e para provar alguns dos vinhos da casa. Essa região é famosa por produzir boas safras.
Eu passeei pelo museu, que é bem pequenininho, li a história do lugar, tirei umas fotos, e ao final, degustei alguns dos vinhos produzidos por eles (custa de 2 a 3 euros cada taça). Mas infelizmente não pude provar o precioso vinho que vem da videira mais antiga do mundo! É que ela está tão velhinha, tadinha, que sua produção não seria suficiente para venda. As poucas garrafas que ainda são geradas são entregues ao prefeito da cidade para que as dê de presente em ocasiões especiais.
Em frente à Old Vine House passa o Rio Drava, e o cenário é digno de muitas fotos, principalmente se estiver um bonito dia de sol.
E já que Maribor é conhecida por seus bons vinhos, minha próxima parada foi Vinag, uma das maiores e mais antigas adegas da Europa. Construída em 1847, tem 20 mil metros quadrados em túneis no subsolo de uma casa no centrinho da cidade. Há tours diariamente às 11h e às 14h, e de sexta a domingo também às 16h. O tour dura cerca de 1h30 e custa 3,50 euros (somente tour) ou 5 euros (tour + degustação de vinhos ao final). Veja aqui todas as opções de tour da Vinag.
Eu amei Vinag! Fiz o tour com o Gregor, que é um apaixonado por vinhos. Ele me contou a história do lugar, me mostrou cada detalhe, e ao final fez uma ótima degustação comigo, me ajudando a escolher quais as minhas uvas preferidas, dando dicas para reconhecer nuances (sou dessas que adora beber vinho, mas não entende quase nada do assunto). Foi muiiito bom. Ao final percebi que meu vinho preferido é geralmente o branco e seco. E lá minhas uvas preferidas foram Anna e Laski Rizling. Eles vendem os vinhos degustados lá, e os preços são ótimos, variam de 3 a 12 euros. Infelizmente eles só podem ser encontrados na Eslovênia – então é uma boa oportunidade para garantir logo suas garrafinhas 🙂
Para não estragar como é todo o tour, vou contar apenas uma pequena parte que já mostrei lá no meu instagram (@fuigosteicontei). Na Vinag há um tonel de vinho gigantesco com capacidade para até 176 mil litros, mas que está inutilizado no momento. E o legal é: se você quiser, o Gregor te ajuda a entrar lá. É difícil de acreditar que você está dentro de um tonel de vinho, hehe. Olhe só a foto abaixo! A sensação é agoniante. Você grita e dá um eco de mais de 5 segundos. É bem louco. Achei um super passeio em Maribor, indicadíssimo para quem gosta de vinhos!
Outros pontos a serem vistas no centrinho da cidade: a Catedral de Maribor, o Castelo de Maribor, as ruas fechadas para pedestres no entorno da praça Glavni Trg, o Mestni Park.
O melhor restaurante da cidade chama-se Mak. É carinho, mas ouvi muitos elogios a ele! Um dia para conhecer Maribor é suficiente.
ONDE FICAR EM MARIBOR
Maribor, apesar de ser a segunda maior cidade da Eslovênia, é relativamente pequena. Estando hospedado perto do centro, é possível fazer tudo a pé. Eu fiquei no Hotel City Maribor. Localização nota 10, cerca de 5 minutos andando até o centro. Serviço impecável e atencioso. Meu quarto era enorme, muito espaçoso, a cama foi uma das mais confortáveis em que já dormi. Apesar de ser de frente para a rua (com uma vista bem bonita para o rio Drava), o quarto é muito silencioso e não se ouve nada do que se passa do lado de fora. O banheiro também era ótimo, com uma banheira que foi ideal para descansar após turistar um dia inteiro.
E o que me impressionou: quando avisei que na manhã seguinte eu sairia muito cedo e perderia o café da manhã, eles perguntaram se eu queria que preparasse uma pequena bolsa com algumas comidinhas e bebidas para que eu levasse na minha viagem. Dito e feito: às 6h da manhã fiz check out e recebi meu café da manhã para viagem, com sanduichinhos, água, suco, fruta, iogurte. Um carinho como esse com certeza faz a diferença em um hotel.
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O QUE BEBER EM MARIBOR
Bom… Já deu para ver que não dá para fugir do vinho, né! O forte dessa região da Eslovênia são os vinhos brancos. Tome sua taça ou seu ou peça a versão local de vinho branco com água gasosa, que se chama Shpritzer.
QUANTO CUSTA VIAJAR PARA MARIBOR
Maribor não é das cidades mais caras da Eslovênia. A moeda do país é o euro.
– diária em hotel no centro: a partir de 70 euros
– 1 água no mercado: 0,30 euros
– 1 taça de vinho: 2 euros
– 1 sanduíche: 3 euros
Atenção, leitor: Viajei para a Eslovênia com apoio do Slovenian Tourism Board, o departamento de turismo do país, que me apoiou com acomodação nas quatro cidades que visitei.
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