Roteiro de 3 dias em Budva, Montenegro: onde ficar, o que fazer, quanto custa
Carla Boechat
No verão europeu de 2015 eu fiz um roteiro começando na Grécia e subindo pela Albânia e Montenegro até chegar na Croácia. Você consegue ver todo esse roteiro detalhado nesse post aqui.
E agora vou falar apenas do meu planejamento em Montenegro, um país europeu que adotou o Euro recentemente e que vem se destacando cada vez mais no cenário turístico europeu, em especial no Verão.
Montenegro, que significa literalmente “montanha negra”, é uma pequena e montanhosa república situada nos Balcãs fazendo fronteira com o mar Adriático, a Albânia, Kosovo, Bosnia e Herzegovina, Sérvia e uma pequena fronteira com o Sul da Croácia. A sua capital é a cidade de Podgorica.
Até 2003 Montenegro era uma das repúblicas constituintes da Jugoslávia, e de 2003 a 2006 integrou o Estado da Sérvia e Montenegro. Como você pode ver, toda a história por lá é bem recente, já que somente em 2006 é que houve um referendo para votar, com sucesso, pela independência da Sérvia.
A língua oficial de lá é o montenegrino, mas com toda essa história de uniões e independências, outros idiomas reconhecidos no país são o sérvio, o bósnio, o albanês e o croata. Uma curiosidade: no censo de 2011 a maioria dos cidadãos declarou ter o sérvio como língua materna. Mas não se preocupe, eu me virei muito bem por lá com o inglês em todos os lugares que fui.
Bom, após esse panorama geral do país, vamos ao meu roteiro por lá. Montenegro é um país pequeno, então com poucos dias você consegue conhecer o principal. Budva foi a minha base, é uma das cidades mais badaladas e procuradas do verão montenegrino. Infelizmente eu tive apenas duas noites na cidade – e para piorar choveu muito no primeiro dia. Então acabei concentrando muita coisa em um dia só para turistar o máximo que desse. Acabei não conseguindo conhecer Kotor, mas recomendo que você inclua no seu roteiro. Eu estava viajando com uma amiga e nosso foco era mais em conhecer as melhores festas do verão europeu – e a de Montenegro foi definitivamente a mais hilááária de todas! Veja abaixo tudinho 😉
Budva, 1º dia
Saindo da Albânia, nosso destino era Budva. Não foi fácil fazer esse trajeto de maneira econômica. Chegar até lá de transporte público saindo de Sarande foi um desafio. Esse foi nosso trajeto:
Ônibus de Sarande para Tirana (capital da Albânia); 6 horas de viagem, 10 eurosÔnibus de Tirana para Shkodra: 2 horas de viagem, 300 leksÔnibus de Shkodra (última cidade da Albânia antes da fronteira) pra Ulcinj (primeira cidade de Montenegro após a fronteira): 1h30 de viagem, 700 leksÔnibus de Ulcinj para Budva: 1h40 de viagem, 7 euros.
Alguns ônibus eram Ok, mas outros eram bem precários, em especial o que atravessou a fronteira. Também há hotéis que fazem o trajeto direto Tirana x Budva de van. Uma opção é o Montenegro Hostel que oferece esse serviço por 35 euros.
Em Budva alugamos um quarto pelo AirBNB excelente e ficamos lá duas noites. Ele não ficava dentro da casa de ninguém, mas num prédio tipo uma pousada mesmo, onde cada quarto era independente dos outros. Excelente para duas pessoas e com uma pequena varandinha. Pequeno, mas muito bem localizado e com tudo o que nós precisávamos. O melhor custo benefício que encontramos em Budva sem sombra de dúvidas (uma curiosidade: em Montenegro e em alguns outros países dos Balcãs muita gente vive de alugar apartamentos em alta temporada, então eles trabalham full time fazendo dinheiro mais ou menos de abril a outubro, e depois tiram férias no resto do ano).
Apartamento para duas noites: 69 euros para duas pessoas
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Lá não alugamos carro e fizemos tudo utilizando transporte público e contando com a solidariedade do Marko, o proprietário do apartamento que nós alugamos e que era super gente boa e nos deu vááárias caronas (inclusive nos buscou na rodoviária quando chegamos e nos levou lá de volta no dia de ir embora, sem cobrar nadinha).
Contato do Marko Knezevic: kmim@t-com.me ou +382 68 544 545
No nosso primeiro dia lá choveu muuuuito e o máximo que conseguimos foi à noite dar uma volta pelo centrinho, onde ficam os principais restaurantes e bares. Dava para ir a pé desde o nosso apartamento. Aproveitamos para comer algo bem típico por lá e que depois se tornou minha besteira preferida em minha temporada na Croácia, o tal do burek (é tipo uma massa folhada, com recheios que podem ser queijo ou carne, que são os mais tradicionais).
Budva, 2º dia
Quando em Budva, não deixe de ir a Sveti Stefan, que fica a apenas 5km e tem bus para lá o tempo todo. Ali tem um resort chiquérrimo, mas a praia é aberta aos turistas em geral. Esse foi nosso primeiro destino logo pela manhã, quando abriu um sol lindo e inacreditável.
Alugar uma cadeira por ali pode custar até 75 euros. Mas você pode fazer como nós, levar sua canga e ser feliz 😀 O ruim da canga é que a praia toda é de pedrinhas ao invés de areia, então não é tããão confortável {Algumas pessoas compram crocs ou papetes de silicone para entrar no mar dessas praias onde estive, porque as pedrinhas machucam os pés. Dá para comprar em qualquer lojinha de rua. Eu usei apenas havaianas e deu para me virar}. Mas quem é que se importa de verdade tendo um visual desse¿
Dali voltamos de ônibus para Budva e fomos conhecer Old Town, também conhecida como Mini Dubrovnik devido aos seus muros de pedra. É linda e vale a visita! Aproveite que está em Old Town e vá à Citadela, de onde se tem uma vista legal da cidade. A entrada custa apenas 2,50 euros e comprei lá na hora. No seu entorno há igrejinhas, restaurantes fofos, lojinhas e boas opções de praia. Uma graça essa parte de Budva.
Entrada na Citadela – 2,50 euros
De lá seguimos para conhecer um beach club em Budva que fica na praia de Ploce (fomos de ônibus e voltamos de taxi, pois o ônibus da volta não chegava nunca – negocie o preço do taxi antes). Foi uma das festas mais engraçadas que já fui na vida! É um clube de frente pra praia com geral na piscina, DJ, banho de espuma, uma mistura de músicas antigonas com todo mundo dançando de uma forma muito engraçada, uns drinks gigantescos. Sério, vá sem grandes expectativas (é um contraste pós Mykonos, hahaha) e você vai se divertir! Não pagava para entrar e cada drink custava uma média de 6 euros e a cerveja uns 3 euros.
A noite é bem animada em Budva, e a maioria das boates e bares ficam bem perto ali no centrinho. A Trocadero é uma das nights que mais bomba, mas fecha à 1h da manhã. E como esse é o destino de verão mais agitado de Montenegro, de lá a galera emenda em outra boate, que normalmente vai até umas 5h da manhã. Boas opções são a Top Hill (a melhor do país) e a Club Sparta. Acabei indo nessa segunda porque era a mais comentada à tarde entre a galera (sério, era uma segunda-feira e ela estava lotadaaaa).
Entrada em qualquer das boates – entre 5 e 10 euros
Budva, 3º dia
Infelizmente nesse dia nosso destino era seguir viagem para a Croácia, então logo cedo pegamos um ônibus em direção a Split. Não me lembro quanto pagamos, mas vi na internet que a viagem dura pouco mais de 8 horas e custa cerca de 120 reais. No caminho passamos por Kotor, e fiquei só babando na janelinha do busão… <3 Então minha dica é incluir Kotor de alguma maneira no seu roteiro. Essa teria sido a minha escolha se eu tivesse mais um dia inteiro (ou pelo menos uma manhã) em Budva!
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