Como já compartilhei aqui e em minhas redes sociais diversas vezes, eu levo a vida de uma nômade digital há quase 9 anos – desde 2015! E sei que esse estilo de vida gera muita curiosidade. Existe rotina? Quais as prioridades? Do que precisa abrir mão?
Por isso decidi compartilhar com vocês esse artigo curtinho sobre como é um dia na minha vida viajante. Vamos lá?
Existe rotina na vida de uma nômade digital?
Bom, vou começar falando sobre o que é um grande desafio para a maioria das pessoas que viajam muito e trabalham remotamente ao mesmo tempo – a falta de uma rotina. Alguns nômades se acostumam a ela, e até gostam. Outros têm maior dificuldade em lidar com muitas mudanças no dia-a-dia.
Eu busco estabelecer algumas pequenas rotinas que possam ser adaptadas independente do lugar que eu esteja no mundo. Gosto, por exemplo, de acordar bem cedo, me exercitar pela manhã, tomar um café da manhã lento e, só então, começar a trabalhar.
No entanto, essa rotina precisa mudar dependendo do fuso horário do país que estou. Isso porque eu geralmente trabalho de acordo com o fuso do Brasil. Quando estou na Europa, por exemplo, com fuso de umas 4 a 5 horas à frente do Brasil, acho excelente. Posso ter uma manhã bem calma, pois às 11h na França ainda será 7h no Brasil – ou seja, enquanto eu já fiz um monte de coisa, os brasileiros ainda estão acordando e começando o dia.
Porém esse cenário muda quando estou na Ásia ou Oceania, por exemplo. Pela grande diferença de fuso, muitas vezes preciso trabalhar até de madrugada. Quando passei uma temporada na Austrália, era comum ter reuniões começando às 2h da madrugada. Com isso, era muito difícil acordar cedo da maneira que eu gosto.
De onde trabalham os nômades digitais?
Como nômade digital, eu já passei pela fase de adorar trabalhar desde cafés charmosos, onde ficava horas no computador entre um chá e uma refeição. Porém, com o tempo essa rotina se tornou cansativa. Nem sempre é fácil encontrar cafés com tomada disponível, bom WiFi e onde eu possa ficar sentada muitas horas trabalhando. Me lembro de destinos em que eu acordava e a primeira coisa que precisava me preocupar era “de onde vou trabalhar hoje?”.
No início, essa dúvida era prazerosa, eu encarava como uma liberdade e flexibilidade. Aquela coisa de se deliciar por poder escolher. Hoje em dia, eu quero já ter mais certo o lugar onde vou sentar e abrir o computador, sem ser surpreendida por um WiFi que não sustenta uma reunião por vídeo, ou uma comida cara e ruim em um café superfaturado. Tenho preferido alugar casas por um período maior de tempo em minhas viagens, ou ter aquele café preferido, onde sei que encontro tudo o que preciso para ser produtiva.
Os coworkings, cada vez mais populares, também são uma boa pedida, além de serem um bom lugar para fazer networking e conhecer outros nômades. No entanto, confesso que não sou muito fã desses estabelecimentos. Muitos têm cara de escritório – e eu gosto mesmo é de trabalhar de locais mais informais.
Como balancear lazer e trabalho na vida de uma nômade digital?
Essa é outra questão que gera expectativa e até frustração em quem também sonha com a vida de um nômade digital. Muitas pessoas confundem viagem de férias com trabalho remoto viajando. A maioria dos nômades digitais têm rotina de trabalho, projetos em andamento, reuniões para fazer, e muitas horas do dia são dedicadas a ficar sentado no computador – um cenário bem diferente do imaginário popular de pessoas trabalhando do celular na praia.
Esqueça isso. Trabalho é trabalho, lazer é lazer – por mais que, sim, às vezes eu trabalhe da praia ou de locais bem interessantes, como no final do ano em que trabalhei por 9 dias desde um motorhome enquanto dava a volta na ilha da Islândia. Ou há um ano atrás quando aluguei uma pousada pé na areia na Tailândia e trabalhava com vista pro mar.
Conheça 10 profissões para nômades digitais
Mas saiba: isso é diferente de estar de férias. Tenho momentos de lazer, claro, mas geralmente é mais no estilo de uma moradora do local, do que alguém que está atrás dos principais atrativos turísticos daquele destino. Alinhar expectativas é muito importante para não se frustrar com um trabalho remoto sendo feito de qualquer lugar do mundo.
Que cuidados ter como nômade digital?
Geralmente eu pesquiso se o destino que quero visitar tem boa internet, se é fácil encontrar cafés amigáveis para nômades e considero também a diferença de fuso. Mas uma curiosidade, que somente quem tem esse estilo de vida vai entender, é que ultimamente tenho uma obsessão: sempre olhar as mesas e cadeiras das hospedagens em que pretendo ficar.
Eu fico olhando minuciosamente as fotos dos sites de reservas, comparando qual cadeira parece mais confortável, se tem mesa no quarto, como são as tomadas. São detalhes que eu não me atentava antes.
E segurança?
Além disso, eu nunca viajo sem Seguro Viagem. Recentemente comecei a testar a Safetywing, a melhor opção para quem é nômade e com ótimo custo x benefício até mesmo em viagens de férias. Mas um grande benefício que me deixa mais confortável é a cobertura para roubo de equipamentos eletrônicos (até 3 mil dólares para o período do seguro, e máximo de mil dólares por equipamento). Por sempre ter comigo equipamentos mais caros de trabalho, como computador e drone, por exemplo, me sinto mais segura em viajar para qualquer lugar.
Faça uma simulação de preço aqui e veja a cobertura completa da Safetywing
Ah, e a Safetwing está com uma ação onde você pode ganhar 1 mês de coworking gratuito em um lugar paradisíaco – basta fazer login na sua conta ou, se não tem ainda, criar uma nova. Mas tem que ser por esse link acima, ok?
Me conta. O que achou desse artigo? Você já vive ou sonha em viver como nômade digital? Que dúvidas você tem? Compartilha nos comentários e será um prazer trocar mais ideia sobre esse assunto com você!