Olha, morei 10 anos em Niterói, outros 3 anos no Rio e ainda consigo descobrir lugares super antigos da cidade maravilhosa que eu, ó que vergonha, nem tinha ouvido falar. Semana passada foi a vez do alambique Maxi Cana. Eu estava em uma viagem pela região da Barra da Tijuca e em minha programação tinha uma visita a este lugar, que fica na estrada Burle Marx, em Barra de Guaratiba. Perguntei um pouco mais sobre ele e de cara me interessei pela proposta: um sítio com produção de cachaça, onde também há um restaurante. Aliás, é o único alambique de cachaça da cidade do Rio de Janeiro!
Como eu nunca tinha ouvido falar??? Cheguei lá num sábado pós praia e, só de estacionar o carro, já vi que ia curtir. Nem parece que você está no Rio. Ambiente calmo, com uma cachoeira, piscina de água natural, alambique aberto a visitação, uma pequena loja para degustação das (sensacionais) cachaças, um restaurante com sinuca. Você precisa de mais que isso? Eu não.
Minha primeira parada foi na lojinha de degustação. O Matheus, cachaçólogo que me atendeu, deu logo uma super aula sobre a bebida que eles produzem ali. Pra começar, vamos explicando o título desse post. Se você está achando que eu exagerei, bora lá: qualquer destilado pode, por lei, conter um limite máximo de 5mg/L de cobre (devido ao processo de produção, onde muitas vezes a bebida passa por tonéis de cobre e pode acumular um pouquinho do metal). Isso no Brasil. No exterior há países onde a tolerância é de 2 mg/L. O uísque escocês, por exemplo, bebida aclamada mundialmente por sua leveza e qualidade, possui 0,2 mg/L de cobre.
E sabe quanto a cachaça da Maxi Cana possui? Hein, hein? ZERO, meus amigos. NADA. É a única no mundo com essa leveza, não tem óleo fúsel nem outros metais nocivos à saúde. Agora você deve estar se perguntando… “E qual o efeito disso na minha vida?”. Pois eu te digo agora: sua vida vai mudar! Sabe o que o cobre e esses outros metais causam? Ressaca e, em excesso, cirrose! Ou seja, acabou aquela história de que cachaça faz mal pra saúde Kkkkkk… “Ooooohhhh” – já posso até ouvir esse tom de espanto ecoando na sua cabeça. Foi a mesma coisa que eu fiz quando ouvi a explicação do Matheus {se tem algum entendido aí e estou falando besteira, pode me corrigir nos comentários!}.
Mas olha, não sou a mais expert, então vou falar da minha experiência. Você toma uma dose e 40 minutos depois já está bem. Ou toma várias, e no dia seguinte está de boa. Duvida? Eu experimentei 6 doses e ainda tomei um drink feito com cachaça. Os efeitos? Nada!
Sem falar que a cachaça deles é boa pra c#^|o! Tanto a pura, como as de sabor, daquelas que não ardem na boca. Minhas dicas: não deixe, sob hipótese alguma, de experimentar as de açaí e de capuccino. Creindeuspai! Essa última parece até uma sobremesa de chocolate.
Ah! E tem mais. Você já deve ter ouvido falar na cachaça Gabriela, né? Aquela com cravo e canela. Invenção deles. Sim, patenteada e tudo. E é boa, viu! Ô se é! Taí mais uma que você não pode deixar de provar.
Agora que já estamos conversando aqui no mesmo grau alcoólico, vamos fazer uma visita pelas outras partes da propriedade. Tá de roupa de banho? Acho bom. Porque a piscina, de água natural!, do sítio vai te deixar com vontade de passar o dia ali.
Tomou cachaça, tomou banho, pegou sol. Deu fome? Tá em casa! Ali mesmo tem o restaurante Brisa. De entradinha, vá de linguiça flambada na cachaça acompanhada de aipim.
Pra bebericar, um drink de cachaça, claro! A que mais sai ali é a Jorge Amado, com a cachaça Gabriela, brisa de maracujá e leite condensado.
De prato principal, peixe frito com arroz, pirão e batata frita. Serve duas pessoas muitíssimo bem.
Finalizei com uma partida de sinuca. Bom demais, né?
Quando eu estive lá, mesmo sendo sábado, o movimento estava bem tranquilo (mas já li na Internet que às vezes fica super cheio). É um lugar onde eu tenho certeza que ainda vou voltar, e pra passar um dia inteirinho.
Vai, gente! Eles estão ali há 38 anos. Têm tradição. Têm piscina de água natural. Têm sinuca. Têm restaurante. E a cachaça não vai te dar ressaca! E se der, me chama que eu vou também 😀
Um pouco mais da história da Maxi Cana:
Há vinte anos, o engenheiro civil e metalúrgico Antônio Augusto, encarou o desafio de criar em nome da amizade, uma bebida que permitisse que seu melhor amigo pudesse apreciar um bom drink, apesar de sofrer de cirrose. Desafio aceito, Augusto viajou por diversos alambiques no Brasil, visitou algumas universidades, dentre elas a Esalq, e percebeu que não tinha solução para eliminação do cobre na cachaça. Após 2 anos de estudos, Augusto conquista a excelência de 0,02 mg de cobre por litro e, na última análise do Ministério da Agricultura, está mencionado COBRE NÃO DETECTADO.
Após tal feito, viajou por fábricas de uísque da Escócia para conhecer o processo e entender porque os melhores uísques possuem 1,2 mg de cobre (sendo assim, inferior a cachaça que ele criou). E assim nasceu a Destilaria Maxi Cana em 1987, sendo o único alambique da cidade do Rio de Janeiro e único no Brasil a produzir destilado original da cana de açúcar sem metais pesados, sem alcoóis superiores e zero cobre.
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Atenção, leitor, fiz esta viagem maravilhosa a convite da Associação de Hotéis do Estado do Rio de Janeiro e do Rio Convention & Visitors Bureau.
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