De primeira, Madrid é logo reconhecida por sua importante vida cultural e artística. Quem é que vai até a cidade, capital da Espanha, e não inclui no roteiro uma visita à Trilogia de Museus, chegando bem de perto, por exemplo, do Guernica de Picasso, no Museu Reina Sofia?
Ou não quer passar uma tarde no Parque del Retiro, cercado por monumentos históricos, como o Paseo de Las Estatuas, uma alameda dentro do parque que tem doze estátuas dedicadas a todos os monarcas espanhóis (que haviam sido feitas para decorar o Palácio Real de Madrid, mas foram parar ali porque a rainha teve pesadelo com as ditas-cujas)?
Pode-se ainda dar um pulinho para conhecer o Templo de Debod, ali pertinho da Plaza de España, que nada mais é que um dos poucos testemunhos arquitetônicos núbio-egípcios completos que pode ser encontrado fora do Egito. O monumento foi uma doação do Estado egípcio, que transferiu pedra por pedra para a Espanha e levou dois anos para ficar pronto – até o tanque de água ali em volta foi feito artificialmente para representar o rio Nilo. (Valeu pela informação detalhada, Wikipedia!)
Passear por Madrid é respirar história, é esbarrar numa esquina com o Palácio Real, o maior de toda a Europa Ocidental, e em outra com a Puerta del Sol, que, em meio a notáveis monumentos, hoje se vê tomada por artistas de rua cheios de criatividade tentando chamar a atenção dos turistas para ganhar um trocado.
O céu da capital é um capítulo à parte, que fica ainda mais lindo emoldurando cada obra erguida ali pelo homem. Todos os dias, no fim de tarde, fui presenteada com riscos rosados atravessando um céu azul, às vezes meio laranja, e que ficava lindo visto de qualquer parte da cidade (mas indico em especial o pôr-do-sol visto a partir do Templo de Debod, concorrido e inesquecível).
E em meio a tudo isso, quando o sol termina seu espetáculo e a noite cai, é que a cidade se mostra ainda mais desperta. E a “movida” toma conta das ruas – movimento habitual de sair de bar em bar, sem destino certo. A multidão de estrangeiros misturados aos madrileños não cabe nas estreitas calçadas e invade as ruas. Seja em La Latina, bairro que há pouco tempo começou a bombar com bares mais animados, na Calle de Huertas, que fica no Bairro Las Letras, ou em Malasaña, já tradicionais regiões boêmias de Madrid. Saia sem compromisso para tomar uma “caña” (chopp) e “tapear” (comer os aperitivos, ou “tapas”, que acompanham as bebidas, e que são de graça em muitos bares por lá).
Para algo mais clássico, tem o restaurante Botín, o mais antigo do mundo segundo o Guinnes Book, que fica pertíssimo do Mercado de San Miguel, outro “must go” da cidade. Para mergulhar na cultura espanhola, procure uma tradicional casa de flamenco. Vai por mim, é um espetáculo – em todos os sentidos da palavra!
Quem fica mais dias, tem também uma série de opções para um bate-volta desde Madrid. Segóvia, Toledo, Salamanca, Ávila, Aranjuez – cidades lindíssimas e algumas a menos de 30 minutos de trem a partir da capital (no blog já tem dicas para evitar os tradicionais problemas ao comprar passagens online no site da Renfe, clique aqui para ler). O difícil é escolher qual vai se encaixar no seu roteiro.
Madrid surpreende e encanta. E é com essa apresentação que te convido a acompanhar a série de matérias sobre essa viagem que estou preparando. Madrid não cabe em um simples texto, nem em uma rápida visita. Ela merece ser destrinchada a cada passo, a cada página. Fica aqui, então, uma prévia simplificada para te deixar com água na boca. Quem me acompanha no Instagram @fuigosteicontei já teve um gostinho do que vem por aí – me seguir lá é o melhor jeito de acompanhar in loco as dicas e viagens. Mais um conselho: se quiser receber todos os posts do blog fresquinhos em primeira mão, direto no seu e-mail e de graça, inscreva-se aqui embaixo nessa caixa laranja. Não leva mais que um minuto e te poupa qualquer trabalho ou esquecimento.
Preparados? O próximo post será com dicas de como ir e como ter entrada gratuita nos três principais museus de Madrid: Museu do Padro, Thyssen-Bornemisza e Reina Sofia. Não vou prometer datas fixas para cada post (sou sincera, minha rotina anda louca), mas garanto, do lado de cá, uma blogueira se coçando pra virar noites de escrita. É isso. Espero que curtam meu olhar sobre Madrid!