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Tudo sobre a fronteira Israel – Jordânia e visto Jordânia

Precisa saber mais detalhes sobre o visto Jordânia, Jordan Pass e como é cruzar a fronteira terrestre Israel – Jordânia? 

Então, acompanhe esse artigo, pois ao final da minha viagem por Israel e Palestina, eu fiz exatamente esse trajeto.

Cruzei a fronteira terrestre entre Israel e Jordânia e coletei todas as informações úteis para uma travessia tranquila para compartilhar com vocês. Confira!

Fronteira Israel – Jordânia: pontos importantes a considerar

Placa de "Welcome to Jordan" na fronteira Israel - Jordânia
Fronteira Israel – Jordânia

Ao cruzar para Israel, ouvi relatos de que era mais difícil sair do país do que entrar, então isso me causou um pouco de receio desde o início. 

Porém, ao entender direito as regras e fazer tudo correto, não foi nada complicado sair do país e seguir para a Jordânia. 

Por isso, achei importante separar os pontos essenciais que você precisa ter em mente na hora de fazer essa travessia saindo de Israel e entrando na Jordânia.  

Então, antes de abordar os detalhes da minha experiência, vou explicar alguns aspectos a considerar nesse trajeto:

Veja detalhes de cada um!

Quantas fronteiras existem entre Israel e Jordânia?

Se você considera fazer a travessia na fronteira Israel – Jordânia, é importante saber que existem 3 fronteiras terrestres que você pode cruzar. São elas:

A fronteira Allenby/King Hussein, pelos relatos que li e ouvi, é a mais complicada e demorada. Porém, é também a mais central, pois fica perto de Jerusalém. 

Nós estávamos em Belém, que é do lado de Jerusalém, quando decidimos cruzar. Então, fazia mais sentido ir para a fronteira Allenby/King Hussein. 

Contudo, alguns relatos que li diziam que as filas eram longas (espera de 4 a 5 horas), que eles faziam revista de bagagens e que não emitiam o visto na entrada. 

Além disso, também vi que nessa fronteira não é possível cruzar de carro. Então, caso esteja considerando essa opção, saiba que não vai conseguir por lá.

Então, decidimos ir para a fronteira Wadi Arabia/Aqaba, que sai da cidade de Eilat.  

Eilat foi a cidade de fronteira que eu fui quando cruzei do Egito para Israel. Fica no sul do país e pelo que li, a fronteira para a Jordânia a partir de lá era mais tranquila.

Realmente, a nossa experiência de cruzar por lá foi muito rápida, simples e tranquila. 

No entanto, antes de atravessar é preciso levar em consideração também a questão dos tipos de visto para a Jordânia e entender o que é e como funciona o Jordan Pass.

Quais são os tipos de visto para a Jordânia?

Para entrar na Jordânia é necessário ter um visto. Ao pesquisar, encontrei informações oficiais, porém, achei bastante confusas e até contraditórias em alguns pontos.

Assim, resolvi simplificar aqui para vocês o que consegui coletar sobre os tipos de visto para a Jordânia.

Os vistos são divididos em nacionalidades com ou sem restrições

Primeiro de tudo, os vistos para a Jordânia, em alguns casos, precisam ser solicitados e aprovados com antecedência pela embaixada da Jordânia no seu país.

Essa é a categoria de nacionalidades com restrição. Na América Latina, apenas Belize e Cuba têm alguma restrição.

Então, se você tem passaporte brasileiro, não precisa solicitar e conseguir uma aprovação prévia para entrar na Jordânia. 

Isso significa que você pode solicitar o “Visa on arrival”, que traduzindo, seria um visto que você pede na entrada do país.

Obs: o site oficial da Jordânia diz que não é possível solicitar o “Visa on arrival” na fronteira de Allenby/King Hussein. Apenas nas outras duas.

O visto Jordânia para brasileiros é pago

Outro ponto importante é que o visto Jordânia para brasileiros é pago. O preço para o “single visa entry” ou visto único de entrada custa 40 JOD (aproximadamente 53 EUR). 

Porém, existem algumas exceções sobre o pagamento do visto, são elas:

O visto único é válido por 30 dias

Além de ter que pagar pelo visto ou comprar um Jordan Pass, o país tem um visto chamado “single visa entry” que é válido por até 30 dias para turistas.

Se você quiser renovar o visto, é possível mediante o pagamento de novas taxas. Você pode solicitar a extensão do visto em um posto policial (Police Station).

O que é e como funciona o Jordan Pass?

O Jordan Pass é um elemento essencial para a sua viagem pela Jordânia. Apesar do nome, ele não é um visto de entrada no país, e sim um passe de ingresso a mais de 40 atrações turísticas da Jordânia.

Então, se você comprar o Jordan Pass, não precisará pagar pela maioria das atrações do país, além de ter a vantagem de abater o valor do visto de entrada na Jordânia.

Além disso, na fronteira que eu passei (Wadi Araba/Aqaba), é preciso apresentar o Jordan Pass na chegada para conseguir o “visa on arrival” e abater as taxas do visto. 

Então é essencial comprar o passe antes de cruzar a fronteira. A regra acima vale apenas para a fronteira que eu fiz. 

Além disso, você precisa ficar pelo menos três noites consecutivas no país para abater o valor do visto nessa e em outras fronteiras. Se na saída do país eles comprovarem que você não ficou o tempo mínimo indicado, será obrigado a pagar o visto de turista para deixar o país.

Qual é o preço do Jordan Pass?

Existem três categorias de Jordan Pass com valores diversos. 

O que diferencia um do outro é a quantidade de vezes que você poderá entrar em Petra, uma cidade do país com um sítio arqueológico Patrimônio Mundial da UNESCO.

Fora isso, todos os Jordan Pass dão direito a entrar nas mesmas 40 atrações em todo o país e oferecem o abatimento das taxas do visto único de turista se você comprar o passe antecipadamente e ficar pelo menos três noites consecutivas no país. 

As categorias e preços do Jordan Pass são:

Nós compramos o Jordan Explorer. Se o seu caso específico não for uma exceção à necessidade de visto, eu recomendo comprar o Jordan Pass, pois, além de Petra que custa 50 JOD para entrar por um dia, você abate os 40 JOD do visto de entrada e ainda pode aproveitar mais de 40 atrações turísticas no país.

Veja mais informações no site oficial do Jordan Pass.

Taxas de entrada e saída dos países

Outro ponto essencial a considerar é que existem algumas taxas de entrada e saída dos países. Ou seja, mais um custo a considerar na travessia.

Sobre o visto de entrada, já falei anteriormente. Já sobre a saída, no site oficial da Jordânia, vi a informação de que há uma taxa de 10 JOD (cerca de 13 EUR) em qualquer travessia de fronteira terrestre – ou seja, não há essa taxa se você deixar o país pelos aeroportos.

Já em Israel, nós pagamos 112 ILS (cerca de 28 EUR) por pessoa para sair do país pela fronteira de Eilat x Aqaba (importante: esse valor muda dependendo da fronteira que você sair).

Fronteira Israel – Jordânia: minha experiência completa

Como eu mencionei anteriormente, a nossa ideia inicial era cruzar a fronteira próxima a Jerusalém (Allenby/King Hussein Bridge).

Contudo, pela falta de clareza nas informações que encontrei sobre o “visa on arrival” e os relatos de filas que duram horas, decidimos ir para a fronteira Wadi Araba/Aqaba no sul do país, saindo de Eilat.

Saída de Israel

Pegamos um ônibus de Jerusalém até Eilat (cerca de 4 horas de viagem) para cruzar de lá para a Jordânia. Essa é uma fronteira que dizem ser mais simples e rápida, e nossa experiência foi realmente positiva. 

Em Eilat, pegamos o ônibus número 30, que nos deixou a menos de 500 m da fronteira. 

Obs: atenção para pegar o ônibus na direção certa, senão você vai parar na fronteira de Israel e Egito. 

Para se guiar melhor, pense que você tem que ir no sentido de Tel Aviv. Nos falaram que qualquer ônibus que vai para Tel Aviv serve para ir para o local de fronteira.

A saída de Israel foi muito tranquila. Pagamos a taxa de saída e nos entregaram um papel comprovando a nossa saída. 

Na entrada em Israel, nos disseram para conservar o papel, mas não pediram de volta na saída, apesar de que podem solicitar. 

No entanto, é importante guardar, porque além de poderem pedir na saída, geralmente os hotéis pelo país costumam solicitar. 

Dica: Recomendo que você saque e leve dinheiro trocado para os trâmites de fronteira. 

Tanto na moeda do país que você está, quanto na moeda do país que vai em seguida. 

Se você não levar, lá eles também trocam dinheiro se precisar. No entanto, não vi quanto estava o câmbio, mas certamente era muito pior do que nas cidades. 

Depois de pagar, seguimos para a imigração, que foi extremamente fácil. Apenas passamos o passaporte na biometria e fomos liberados. Fiquei muito surpreendida com a rapidez e com o fato de ter zero burocracia.

Não nos perguntaram absolutamente nada e nem inspecionaram as nossas bagagens, como estava esperando por ter ouvido relatos sobre isso. 

Entrada na Jordânia

Após passar pela imigração, seguimos para a entrada na Jordânia, passando por um pequeno Dutyfree. 

Na entrada escanearam nossas mochilas no raio X (inclusive não havia nem mesmo um funcionário no local, nós é que fomos lá dentro chamar alguém pra vir nos receber) e fomos direcionados a um funcionário depois.

Apenas apresentamos o Jordan Pass comprado antecipadamente e nosso passaporte. 

Também não nos perguntaram nada, só colaram um adesivo no passaporte e pediram que fôssemos pro guichê seguinte, onde estamparam nosso passaporte.

Após entrada na Jordânia (atenção ao taxistas)

Ao entrarmos na Jordânia, já era noite e não havia transporte público. 

Tínhamos acabado de sair da área oficial de fronteira e já fomos abordados por um taxista grosseiro dizendo que os ônibus lá eram somente para os funcionários da imigração. 

Inicialmente não entendi se era um esquema dos taxistas para conseguir a corrida ou se era assim mesmo que funcionava. 

Como já estou acostumada com essas abordagens, agradeci e disse que ia analisar. Fui até o ônibus e confirmaram que só funcionários da fronteira poderiam pegá-lo. 

Era noite e muita gente começou a nos abordar. Isso causou bastante incômodo. Mas como não tinha jeito, negociamos o preço com um dos taxistas e fechamos pelo valor de 12 JOD para nos levar ao centro de Aqaba. 

Que bom que eu estava acompanhada do Guto, meu namorado, porque os homens eram muito insistentes andando atrás da gente e querendo fechar a corrida, mesmo a gente respondendo que não. 

Essa situação dos taxistas foi fundamental para reforçar quão importante é ter a moeda local já na chegada. E diante dessa experiência, eu diria que é melhor atravessar a fronteira antes de anoitecer.

Nós conseguimos sacar dinares jordanianos (JOD) direto de um caixa eletrônico em Belém (do banco Cairo Amman Bank).

O motorista foi bem simpático e nos levou até a cidade, onde descemos na porta de um hotel. Entramos em um café para buscar Wi-Fi e pesquisar hospedagem no Booking. 

Escolhemos o Classic Hotel, por 26 EUR a diária para duas pessoas em quarto privado com café da manhã incluído. 

O local era simples e precisava de algumas reformas, mas no geral atendeu bem – ainda mais porque era um dos mais baratos do Booking. 

O café da manhã era gostoso e bem servido, e eles foram extremamente atenciosos e simpáticos. 

A fronteira Israel – Jordânia é tranquila?

No geral, achei a travessia da fronteira Israel – Jordânia muito tranquila e bem diferente daquilo que ouvi e li. 

Mas é sempre importante dizer que cada experiência é única e não dá para generalizar.

Meu conselho principal aqui seria fazer essa travessia ainda de dia, antes de anoitecer, e ter dinheiro em espécie em ambas moedas.

De qualquer forma, se você entender direito as regras relacionadas ao visto Jordânia, o Jordan Pass e os detalhes que às vezes passam despercebidos, sua experiência provavelmente será positiva. Se você curtiu esse artigo e essas dicas foram úteis para você, lembre-se de continuar acompanhando os artigos aqui no blog e compartilhar com aquela pessoa que está pensando em fazer esse trajeto.

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