Search
Close this search box.

Jerusalém, Israel: dicas completas da Cidade Santa

Mulher em panorama da cidade de Jerusalém, Israel

Jerusalém, Israel: dicas completas da Cidade Santa

Jerusalém, Israel é uma das cidades mais famosas do país e um dos destinos mais buscados por turistas que visitam o território. 

Não é à toa que o lugar é conhecido como “Cidade Santa” ou “Terra Santa”. Isso acontece porque a cidade é palco de diversos eventos marcantes da história para cristãos, muçulmanos e judeus. 

Inclusive, algumas dessas religiões consideram Jerusalém como o centro do mundo.

Na minha passagem pelo país, fiquei alguns dias na cidade de Jerusalém e coletei diversas dicas para te ajudar a montar seu roteiro. Acompanhe!

História de Jerusalém

Panorama da cidade de Jerusalém

Jerusalém é conhecida como a Cidade Santa por carregar em sua história diversos momentos importantes para as três maiores religiões do mundo: cristianismo, judaísmo e islamismo. 

A cidade de Jerusalém é onde fica a famosa Via Dolorosa, que Jesus percorreu carregando a cruz na qual seria crucificado e cenário de muitos dos milagres realizados por Jesus.

Além disso, a história conta que foi nessa cidade que o Rei Davi estabeleceu a sede do seu reinado, e o Rei Salomão criou o templo que armazenaria a Arca da Aliança, contendo partes das tábuas dos Dez Mandamentos de Deus.

Já para o islamismo, Jerusalém foi o local onde o profeta Maomé ascendeu aos céus.

Além disso, é em Jerusalém que fica também o Muro das Lamentações, um monumento muito importante para o povo judeu.

Esses acontecimentos deixam clara a importância da cidade milenar e o porquê de até hoje o território ser tão “desejado” e até alvo de conflitos por tantos povos. 

Como chegar em Jerusalém?

Se você chegar em Israel de avião por Tel Aviv, a viagem até Jerusalém de lá é bem rápida e pode ser feita de trem ou ônibus. 

Me recomendaram que fizesse o percurso de trem para evitar o trânsito das duas cidades e foi uma ótima escolha. 

O trecho de trem custou 24 ILS (média de 7 EUR) e a viagem durou em média 1 hora. 

Já se você estiver em outras cidades do país que não tenham trens, os ônibus são uma ótima alternativa. 

Quando eu usei, funcionaram muito bem, eram super confortáveis e com um bom custo benefício.

Outras opções incluem aluguel de carro, táxis compartilhados ou até pegar caronas, já que é bem fácil e seguro fazer isso em Israel.

Onde ficar em Jerusalém, Israel?

Como sempre, acho importante fazer uma curadoria dos melhores lugares para se hospedar por onde vou, para passar as melhores dicas para vocês. 

Em Jerusalém eu me hospedei em dois lugares: no Selina Mantur e no Abraham Jerusalem. Cada um me proporcionou uma experiência diferente e incrível.

Enquanto o Selina Mantur ficava dentro de uma kibutz no meio das montanhas. O Abraham Jerusalem era bem centralizado na cidade de Jerusalém.

Aqui vão mais detalhes da minha estadia nessas duas hospedagens e outras opções que encontrei de onde ficar em Jerusalém!

Selina Mantur

O Selina Mantur fica dentro de um kibutz, que são como ecovilas ou comunidades fechadas de pessoas

Já falei sobre esses agrupamentos em um vídeo quando pegamos carona no início da viagem por Israel com um rapaz que vivia em uma kibutz.

Algumas características bem marcantes dessas comunidades são a distribuição de renda, a produção agrícola e a vida coletiva

Por exemplo, as propriedades da comunidade pertencem ao kibutz. Assim como aquilo que você ganha, independente de ser mais ou menos do que outras pessoas na comunidade. 

Os ganhos vão para a direção do kibutz e é distribuído igualmente entre toda a comunidade. 

Há outros princípios que sustentam esses tipos de comunidade, mas vale dizer que é bem interessante ver que alguns modelos de vida coletiva realmente funcionam na prática. 

O Selina foi incrível para viver uma experiência nas montanhas de Jerusalém e esse detalhe de ser dentro de uma kibutz deixou a experiência ainda mais especial. 

Minha experiência

É importante ressaltar que essa hospedagem é bem isolada, mas tem transporte público disponível. Porém, o ideal é ter um carro para se locomover, pois pegar táxi para ir à cidade saía bem caro e não valia a pena (40 EUR o trajeto). 

Eu indico essa hospedagem para quem quer, por exemplo, ficar mais isolado, na natureza, fora da agitação da cidade de Jerusalém. 

Fiquei 5 dias lá sem descer para a cidade. A acomodação foi ótima, super confortável e com vista para as montanhas. 

Nos dias em que estive lá, o café da manhã não estava sendo servido por ser baixa temporada, então acabei comendo num hotel vizinho que tinha restaurante. 

Eles têm parceria com esse mesmo hotel para usar a infraestrutura de piscina, sauna e jacuzzi. Assim, os hóspedes do Selina não pagam. 

No Booking, a acomodação tem nota 8.2/474 avaliações.

Abraham Jerusalem

Depois da minha experiência no Selina, fiquei hospedada no Abraham Jerusalem por mais três dias. 

O hostel é bem central e dá para fazer muita coisa pela cidade a pé. Além disso, eles oferecem diversas opções de quartos, como nas outras unidades pelo país. 

Ficamos em uma suíte privada que tinha tudo que precisávamos, inclusive mesa para trabalhar.

O café da manhã estava incluído na diária, que começa em 36 EUR nos quartos compartilhados. Preciso mencionar que, como em todos os Abraham que me hospedei, o café da manhã era impecável e muito bem servido, valia por um bom almoço.

Eles também oferecem diversos tours e atividades que você pode participar. Eu participei de duas, que foram o Workshop de Hummus e o jantar de Shabat.

Outras opções de tours que eles oferecem são:

  • Dual Narrative Tour: um tour que traz duas perspectivas diferentes sobre a cidade de Jerusalém, apresentadas por um guia judeu israelense e um guia palestino muçulmano.
  • Free Walking Tour: um tour gratuito (sistema de gorjetas), onde passamos caminhando por vários pontos importantes da cidade.

Capsuleinn by Indiginn

O Capsuleinn by Indiginn é uma boa opção de hospedagem caso você queira viver a experiência de se hospedar em um hotel em cápsula. 

As acomodações são todas em cápsulas, seja para uma ou duas pessoas, e a acomodação está bem localizada a apenas 400m do centro de Jerusalém.  

As opções para cápsulas para uma pessoa são a partir de 34 EUR. Já para duas pessoas as diárias são a partir de 63 EUR. No entanto, todas sem café da manhã.

No Booking a acomodação recebeu nota 8.1/355 avaliações.

Villa Brown Jerusalem

Uma opção mais luxuosa é a Villa Brown Jerusalem. A hospedagem fica perto do centro e de várias atrações da cidade, além de ter sido construída em uma antiga vila do século XIX.

A diária para duas pessoas em um quarto clássico na acomodação custa a partir de 260 EUR e inclui um café da manhã em estilo buffet.

A nota da hospedagem no Booking é de 8.3/846 avaliações.

Stay Jaffa Jerusalem

Já o Stay Jaffa Jerusalem é uma opção para quem busca mais privacidade ou deseja ficar em um lugar com vários espaços, pois a hospedagem é no estilo apartamento. 

A acomodação também está localizada na zona central da cidade, então fica perto de vários pontos de interesse.

As diárias são a partir de 212 EUR para duas pessoas, sem café da manhã. 

As avaliações para a acomodação no Booking são de 9.1/2.211 avaliações.

Booking.com

Jerusalém, Israel: dicas do que fazer na Cidade Santa

A cidade de Jerusalém oferece muitas opções do que fazer. Afinal, é uma cidade histórica e com vários lugares de grande importância para conhecer.

A maior parte das coisas para fazer em Jerusalém, Israel, ficam localizadas na Old Town, ou cidade amuralhada. 

Assim, vale a pena passar um dia inteiro nessa região e conhecer os lugares e atrações por lá e nos outros dias explorar outras partes da cidade. 

Veja algumas sugestões!

Conheça a Old Town (cidade amuralhada)

Mulher nas ruas da Old Town, em Jerusalém

Eu tirei um dia inteiro para percorrer a Old Town. O local é um Patrimônio Mundial da UNESCO e tem um muro de 4.018 metros de extensão marcado por 34 torres de vigia e oito portões de acesso. 

O Portão Jaffa é o ponto de partida e na Old Town, é possível também visitar as muralhas por dentro.

O acesso pode ser feito de domingo a quinta e sábados, das 9h às 16h; nas sextas, apenas até as 14h. A entrada custa em média 7 EUR.

Não visitei essa parte, pois quando fui estavam fechadas, mas o passeio pelas muralhas termina próximo ao Portão Damasco, outro famoso ponto de acesso à cidade.

Visite os 4 bairros da Old Town

Dentro da cidade antiga de Jerusalém você pode conhecer os 4 bairros que dividem a cidade para visitar as principais atrações de cada um. Aliás, a Abraham tem um tour que te leva para conhecer todos em um dia. Os bairros são:

  • Bairro judeu;
  • Bairro cristão; 
  • Bairro armênio;
  • Bairro muçulmano. 

Em cada bairro, você encontra locais importantes que representam a história da cidade, como por exemplo o Muro das Lamentações, a Via Crucis, a Igreja do Santo Sepulcro, entre outros.

Eu consegui visitar todos os bairros, menos o muçulmano, pois tem restrição de dia e horário para entrar (os militares do Exército de Israel, que guardam essa entrada, me informaram que pessoas de outras religiões que não o islamismo podem visitar esse bairro aos domingos pela manhã).

Uma coisa que me chamou a atenção foi a quantidade de militares por toda parte, portando armas enormes.

É um pouco assustador, pois até civis (militares de folga) precisam portar suas armas, porque são proibidos de deixá-las em casa. 

Alguns pontos importantes da cidade antiga são:

Via Dolorosa

Esse foi o ponto alto para mim no bairro cristão. No local, há vários números de ferro pregados na entrada de uma igreja, capela, muro ou fachada de casa. 

Eles marcam as 14 estações da Via Dolorosa, ou Via Crucis – o caminho feito por Jesus Cristo em seus últimos momentos de vida, segundo a tradição cristã. 

No início fiquei um pouco perdida e senti que se estivesse com um guia talvez minha visita tivesse sido mais proveitosa. 

No entanto, depois de pesquisar, olhar alguns mapas e tentar me localizar, fui encontrando todos os números e pontos importantes dessa via. Recomendo usar o aplicativo Maps.me para buscar pelas numerações.

É possível, por exemplo, enxergar facilmente as numerações até nove – sempre em números romanos –, mas as outras não estão visíveis, pois ficam dentro da Igreja do Santo Sepulcro.

É impressionante andar por ali. Cada local está marcado, inclusive o ponto onde Jesus caiu pela primeira vez e precisou se apoiar na parede. 

Há procissões por todos os lados, pessoas orando e cantando. É uma energia bonita de sentir e vivenciar.

Igreja do Santo Sepulcro

Na mesma região está também a Igreja do Santo Sepulcro, onde Jesus foi crucificado, morto e sepultado. É o local mais procurado pelos cristãos, pois dentro dela fica a pedra onde o corpo de Cristo teria sido deitado após ser retirado da cruz. 

Há uma capela construída no ponto onde a cruz teria sido erguida e a edícula que substituiu a caverna em que ele teria sido sepultado. Estava lotado e havia uma fila enorme para visitar essa parte – sendo que eles só te permitem ficar lá dentro por no máximo 10 segundos. 

Portanto recomendo chegar cedo e já iniciar sua visita por essa Igreja (o mais cedo que conseguir mesmo, se possível antes das 9h da manhã, sempre se atentando aos horários de visita).

Muro das Lamentações

Muro das Lamentações em Jerusalém

Para os judeus, esse local é sagrado e muito importante. O muro é o que sobrou do Segundo Templo, construído por Herodes, o Grande. 

E até hoje tem uma significância grande para o judaísmo, portanto milhares de peregrinos vão ao local orar e fazer petições.

É possível ir andando para o Muro das Lamentações a partir do bairro cristão. Lá, há uma rigidez maior para entrar, com raio X e ainda mais militares, mas é totalmente possível de conhecer. 

Se você for fim de tarde de sexta-feira, poderá presenciar toda a fé do povo judeu nas orações do início do Shabat (o dia de descanso semanal das tradições judaicas). 

Eu tive essa sorte e é uma verdadeira vivência ver as ruas sendo preenchidas com tantas pessoas usando roupas típicas do povo judeu, incluindo os chapéus enormes e muitas manifestações de fé. 

Bairro armênio

Você também pode visitar o bairro armênio, que apesar de estar nessa região, é menos turístico e mais residencial. Bem diferente dos outros.

Uma curiosidade que achei interessante, é que a Armênia foi a primeira nação a reconhecer o cristianismo como religião.

Monte das Oliveiras, Jardim do Getsêmani e Igreja de Todas as Nações

Outros lugares para conhecer nos seus dias em Jerusalém são o Monte das Oliveiras, o Jardim do Getsêmani e a Igreja de Todas as Nações.

Foi nos arredores do Monte das Oliveiras, do Jardim do Getsêmani e de onde hoje está a Igreja de Todas as Nações (Basílica da Agonia), que Jesus realizou sua última oração antes de ser preso e crucificado pelos romanos.

O local é considerado sagrado e na região foram construídas várias igrejas e locais que representam a importância religiosa do lugar, entre elas a Capela da Ascensão.

Capela da Ascensão

A Capela da Ascensão fica no Monte das Oliveiras e foi o lugar onde Jesus teria subido aos céus. Atente-se aos horários de visita. Eu fui até lá caminhando desde a Old Town, e é uma bela escadaria. No caminho fica também a Igreja do Pai Nosso (Pater Nostrum Church), que conta com traduções em mais de 100 diferentes línguas dessa oração em suas paredes – infelizmente não consegui visitá-la, pois ainda estava fechada. Então atente-se sempre aos horários de visita para não perder viagem.

Se não quiser caminhar até lá em cima subindo toda a escadaria, há serviço de táxi abundante que pode te levar até o topo (sempre negocie os valores). Muita gente, por exemplo, sobe de taxi e desce andando. Na descida, passei também pelo Cemitério Judaico. 

Esse é o cemitério judaíco mais antigo do mundo e de onde se tem uma visão impressionante, tanto da Cidade Velha quanto do Domo da Rocha.

Monte do Templo

O Monte do Templo é nada mais, nada menos do que o terceiro local de maior importância para o islamismo, depois de Medina e Meca.

A religião acredita que foi neste local que o profeta Maomé ascendeu aos céus. Além disso, o monte é considerado centro do mundo para os muçulmanos, uma vez que no local está presente a Rocha Fundamental.

No Monte do Templo está o Domo da Rocha, cuja cúpula é coberta por 80 quilos de ouro puro e tem uma importância enorme para o islamismo.

Além disso, a Mesquita Al-Aqsa, local de grande significância para os muçulmanos, também foi construída no Monte do Templo, e tem capacidade para receber até 5.000 pessoas.

Mercado Mahane Yehuda

O Mahane Yehuda é um mercado central localizado em Jerusalém, onde você encontra de tudo. Desde frutas e verduras frescas, por exemplo, até utensílios, flores, roupas e sapatos, etc.

O mercado é bem popular tanto para os locais quanto para os turistas, e certamente vale a visita.

Seja para fazer compras, comer em um restaurante local ou simplesmente conhecer as dinâmicas do lugar.

Yad Vashem

Criado em 1953, o Yad Vashem é um memorial dedicado às vítimas do Holocausto que aconteceu durante a Segunda Guerra Mundial. 

O museu tem vários espaços que contam a história do Holocausto e serve como símbolo de memória para as mais de seis milhões de vítimas. Fica mais afastado da cidade antiga de Jerusalem e infelizmente não consegui ir, mas tenho certeza que teria valido a pena a visita.

Alguns espaços que você pode visitar no museu são: 

  • Memorial das Crianças;
  • Monumento aos Deportados;
  • Sala da Memória, etc.

A entrada no museu é gratuita, mas crianças menores de 10 anos não podem entrar no local.

Vale a pena conhecer a cidade de Jerusalém em Israel?

Cidade de Jerusalém, Israel

Jerusalém é realmente um lugar impressionante e a popularidade da cidade não é sem razão. 

Eu amei a experiência de conhecer esse lugar e por isso recomendo bastante a visita se você estiver montando um roteiro por Israel.

Então, se seu objetivo é conhecer mais sobre a história desta cidade milenar dos mais diversos pontos de vista, a parada por lá é obrigatória. 

Espero que tenham gostado das dicas e que elas sejam úteis para que você consiga montar seu roteiro em Jerusalém, Israel. 

Para saber mais detalhes e conferir as dicas de outras cidades que passei por Israel, confira os artigos que escrevi sobre Nazaré, Jericó e Tel Aviv!

Índice

Leia os artigos + recentes

Garanta 10% off com a FGTrips!

Conhece meu Guia do Deserto do Atacama?

Me segue no Instagram:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *